Docentes acusam escola de não garantir condições mínimas para estar aberta e manter a segurança dos alunos. Direção nega.
Foi durante os primeiros dois tempos da manhã desta quinta-feira que a Escola Secundária D. João II viu-se com os blocos de aulas fechados e sem assistentes operacionais suficientes para os abrir. Apesar de os serviços mínimos estarem decretados, docentes garantiram a O SETUBALENSE que os mesmos não foram cumpridos.
Este movimento de greve, assinalado pelo Sindicato de Todos os Professores (STOP), prevê, desde esta quarta-feira, que a comunidade educativa, desta escola, mostre uma “afirmação de força” Perante os serviços obrigatórios que estão a ser impostos ao sector da educação.
Segundo explicou uma professora, que não cumpriu os serviços e preferiu manter a identidade em anonimato, a O SETUBALENSE, a escola encontrava-se “claramente sem condições de segurança para estar aberta” durante o período da manhã.
“A maioria dos assistentes operacionais não estavam ao serviço, tanto que os blocos não abriram. Cerca de 1300 alunos ficaram no recinto sem existir pessoal suficiente para os vigiar”, refere.
A mesma docente ainda esclareceu que com a entrada dos assistentes operacionais do turno das 10h00 os blocos abriram e foi possível “estabilizar” a situação na escola.
Confrontado com estas acusações o director da Escola Secundária D. João II, Ramiro Sousa, negou as afirmações dos professores e garantiu que os serviços mínimos implementados estavam a ser “cumpridos” dentro dos respectivos horários, apesar de admitir que alguns profissionais encontravam-se em greve.
“A escola está aberta porque temos a portaria a funcionar em conjunto com o PVX. Nos blocos também há assistentes operacionais, não vejo o teor da situação”, acrescentou.
Portão de entrada voltou a ser colado
Na mesma manhã o portão que dá acesso à entrada principal da escola foi colado, acto que já se tinha sucedido no dia 14 de Março, impossibilitando a entrada de alunos e da comunidade educativa no espaço escolar
Ao local foi chamada a Polícia de Segurança Pública (PSP) que depressa resolveu a situação.