Primeiros testemunhos indicam que não houve melhorias nos transportes

Primeiros testemunhos indicam que não houve melhorias nos transportes

Primeiros testemunhos indicam que não houve melhorias nos transportes

Leitores d’O SETUBALENSE e utentes nas paragens em Setúbal queixam-se e dizem não ter notado serviço melhor

 

A melhoria do transporte rodoviário em Setúbal, prometida pelo operador Alsa Todi para segunda-feira, não foi sentida nas primeiras horas do dia de ontem. Pelo menos foi esta a conclusão a que se chegou através dos primeiros testemunhos, transmitidos por leitores que contactaram o jornal e recolhidos junto de utentes no circuito urbano.

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Em causa está a manifestação que ocorreu na manhã de sábado passado, e que reuniu cerca de 300 utentes, de onde saiu a “garantia” por parte da empresa concessionária de que iria haver um reforço do serviço a partir do dia de ontem.

André Martins, presidente da Câmara Municipal de Setúbal, referiu a O SETUBALENSE que a Alsa Todi, operador da Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) para os concelhos de Setúbal, Palmela, Montijo, Moita e Alcochete, lhe transmitiu, em reunião que tiveram na passada sexta-feira, que conseguiu 35 novos motoristas “alguns brasileiros e outros através de protocolos” com outras empresas de transporte.

Na manifestação de sábado os autarcas exigiram também à Alsa Todi que deixasse de fazer transportes para empresas privadas enquanto não conseguisse cumprir o serviço público.

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Apesar do edil ter considerado que esta nova garantia dada pela empresa era já “o resultado da força do envolvimento das autarquias com a população” e que esta seria “um avanço importante” na capacidade operacional, muitas foram as queixas no primeiro dia útil do mês.

Uma das queixas apresentadas foi a de Licínia Santos, que relatou a sua situação a O SETUBALENSE. “Hoje os transportes ainda estão piores. A minha neta esteve 45 minutos na paragem, na Terro, na rua da Junta de Freguesia de São Sebastião, para apanhar autocarro para o Instituto Politécnico, e teve de chamar um Uber, para ela e para os colegas, para não se atrasar mais. A minha neta ficou enervada logo de manhã.”, referiu.

Um grupo de jovens que esperava pelo transporte no Interface de Setúbal também reportou a sua situação, mostrando o desagrado com o operador. “Era suposto o autocarro estar aqui às 10h15. São 10h50 e ainda não apareceu”. Há ainda quem não arrisque em utilizar os transportes públicos e prefira chamar um táxi ou recorrer às aplicações de transporte privado disponíveis como a Uber ou a Bolt.

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A Câmara Municipal de Setúbal disse ainda a O SETUBALENSE, na manhã de ontem, que está a acompanhar a situação para aferir se houve melhoria do serviço.

Carregamento do passe continua um ‘pesadelo’

Além dos atrasos e da falta de motoristas na prestação de serviços da carris metropolitana, o carregamento do passe continua a ser uma dificuldade para os utentes que o deixam para o último dia do mês.

Com filas a rondar os 40 minutos de espera, muitas são as pessoas que se queixam da demora no serviço, que as faz chegar atrasadas ao trabalho e à escola.

Apesar de existirem diversas formas para realizar o carregamento do título de transporte e de estas estarem afixadas à entrada da bilheteira, há ainda quem não o saiba fazer. “Não sei realizar o carregamento pelo multibanco. Prefiro fazê-lo aqui, mas está sempre muita fila”, referiu uma senhora já reformada.

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