Praça de Bocage palco de novo protesto que juntou centenas de professores

Praça de Bocage palco de novo protesto que juntou centenas de professores

Praça de Bocage palco de novo protesto que juntou centenas de professores

Escolas accionaram serviços mínimos, com docentes a reivindicarem melhores condições no sector da educação

 

A Praça de Bocage foi ontem palco de um novo protesto de professores, com centenas de docentes de Setúbal, Palmela e Montijo a juntarem-se novamente para reivindicarem melhores condições de trabalho. Um pouco por todo o país, o cenário de protesto tem acontecido desde o início do ano lectivo e ontem foi o dia do Distrito de Setúbal.

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Em clima de protesto, munidos de cartazes, apitos e bombos, os docentes reivindicaram “melhores condições de trabalho, melhores condições remuneratórias e melhores condições de ingresso na carreira para os professores”, explicou Luísa Vasco, professora do 1.º ciclo no Agrupamento de Escolas Barbosa du Bocage, a O SETUBALENSE.

O destino da educação é outra das questões que motiva a mobilização de professores. Para Paula Repas, professora há 36 anos, e colega de Luísa Vasco, “o futuro da educação e do ensino público” são assuntos que têm de ser pensados a longo prazo. Em seguida, deixou a questão: “Se não tivermos uma carreira atraente, quem é que vai entrar nessa carreira?”.

Além disso, Paula Repas explicou que, com as actuais condições para o acesso e continuação na profissão, “as pessoas não vão querer aderir à carreira”. Os serviços mínimos, propostos na semana passada pelo Ministério da Educação, foram accionados não só no Agrupamento de Escolas Barbosa du Bocage como também nas restantes escolas dos três concelhos representados na praça setubalense.

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Os manifestantes, depois de caminharem em volta da estátua de Bocage, guardaram “um minuto de silêncio pela educação”, seguido de uma ovação. As reivindicações dos professores não são recentes, mas há cada vez mais ‘dedos apontados’ ao Governo e à gestão praticada neste sector.

De acordo com Paula Repas, “nos últimos anos, apesar de não ter existido investimento da parte política, os professores que estão no terreno sempre fizeram a sua parte”.

A falta de docentes continua também a ser um tema em cima da mesa. Luísa Vasco, professora há 25 anos, deu conta de que o filho não tem aulas da disciplina de francês desde o início do ano lectivo.

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“A professora está doente e não há ninguém para a substituir”, justificou. O SETUBALENSE tentou também falar com os sindicatos que se fizeram representar no protesto, mas estes disseram não querer prestar quaisquer declarações, uma vez que não pretendem associar a causa dos professores ao movimento sindical.

Além disso, disseram ainda considerar que este assunto é transversal a toda a sociedade. Ao que O SETUBALENSE conseguiu apurar, os professores dos restantes concelhos – que não estiveram representados na manifestação em Setúbal – participaram no protesto que aconteceu, simultaneamente, junto ao Ministério da Educação, em Lisboa.

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