Vive há 50 anos na cidade banhada pelo rio Sado e, este domingo, teve direito a uma grande homenagem com vários artistas
A noite do passado domingo foi dedicada a José Raposo, poeta nascido em Santiago do Cacém, mas residente na cidade de Setúbal há mais de 50 anos, com a gala de fado “Setúbal canta José Raposo”. O Fórum Municipal Luísa Todi teve casa cheia para ver e ouvir a homenagem ao artista.
Em palco estiverem 12 fadistas e cinco músicos entre os quais Ramiro Costa, Susana Martins, Carlos Zacarias, Joana Lança, Vítor Dores, Carla Lança, Joana Sales, Manuel Guerra Henriques, Maria Caetano, Rita Ferreirinha e Inês Pereira, sendo que se ouviu a voz de Nuno Rocha através de gravação, pois este não pôde estar presente pro motivos de saúde.
Além dos 12 que cantaram os poemas de José Raposo também subiram a palco João Completo, que disse quatro dos seus poemas, a bailarina Edite Van Zeller que actuou no fado dançado e a artista plástica Lurdes Pólvora d’Cruz, responsável por pintar um quadro durante o espectáculo.
Nos instrumentos estiveram Albano Almeida e Vítor Pereira na viola de fado, Rui do Cabo e Jorge Pimentel na guitarra portuguesa e Vítor Pereira Júnior na viola baixo.
No final do espectáculo o presidente da Câmara Municipal de Setúbal subiu a palco e dirigiu algumas palavras ao poeta, desafiando-o a “continuar a produzir como sabe e por muitos e bons anos” e agradecendo o contributo para a cultura da cidade.
“Somos uns privilegiados por conhecermos o José Raposo e beneficiarmos de todo um trabalho que ele tem feito ao longo dos anos, engrandecendo a nossa cultura e fazendo de nós todos pessoas melhores”, palavras de André Martins transcritas de nota de Imprensa enviada a O SETUBALENSE.
O próprio José Raposo também teve tempo para agradecimentos, depois de um espectáculo de cerca de duas horas e que teve entrada gratuita, e, em especial na pessoa do vereador com o pelouro da Cultura, Pedro Pina, agradeceu o crédito, confiança e “entusiamos” com que o autarca acreditou no projecto que apresentou. “Isto não é uma homenagem, isto é um projecto que fiz com estes amigos e que vou continuar a fazer”, referiu.
Dirigiu ainda uma palavra a todos os artistas e profissionais que participaram no espectáculo. “Eles dizem que são uns privilegiados por cantarem os meus poemas, mas eu é que sou um privilegiado por ter toda esta gente a cantar e tocar para mim. Isto é tudo gente amiga. Agradeço do fundo do coração a vocês todos, sei que não estão aqui por mais nada a não ser amizade”.