Droga entrou em Portugal pelo porto de Setúbal, sendo a maior apreensão deste ano em solo nacional
A Polícia Judiciária classificou hoje as 4,2 toneladas de cocaína apreendidas como “uma das mais elevadas dos últimos anos” em Portugal, avançando que a droga estava dissimulada em seis paletes de bananas e eram provenientes da Colômbia.
Em conferência de Imprensa para esclarecer a apreensão das 4,2 toneladas de cocaína efectuadas pela PJ, Vítor Ananias, coordenador de investigação criminal da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da PJ, afirmou que a droga entrou em Portugal pelo porto de Setúbal, mas apreensão foi realizada numa superfície retalhistas na zona de Lisboa.
Segundo Vítor Ananias, a cocaína era proveniente da Colômbia e estava dissimulada em seis paletes de bananas.
O coordenador de investigação criminal daquela unidade da PJ escusou-se a estimar o valor concreto da cocaína apreendida, salientando apenas que estão em causa “mais de 100 milhões de euros”.
“A relevância desta apreensão centra-se na quantidade apreendida, uma vez que estamos a falar de valores significativamente elevados para as organizações movimentarem de uma só vez do outro lado do atlântico para a zona da Europa”, disse, frisando que se trata de “uma grande quantidade e uma das mais elevadas dos últimos anos”.
Sobre o destino da droga, Vítor Ananias disse que a componente da investigação que vai ser desenvolvida agora vai identificar eventuais destinos, que poderiam ser “qualquer país da Europa”.
Neste momento ainda não há detidos, mas a PJ sustenta que “o clã desta organização é sobejamente conhecido das autoridades”.
A apreensão, através da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes, foi o resultado da “intensa atividade de recolha de informação” desenvolvida pela PJ, em estreita articulação com as autoridades de outros países e com diversas entidades nacionais.
Com esta apreensão, a PJ diz que conseguiu infligir às organizações criminosas envolvidas “um rude golpe financeiro”, quer ao nível do investimento, quer quanto aos “elevadíssimos proveitos do crime” que seriam originados caso a cocaína tivesse chegado ao mercado.
Esta apreensão é a maior deste ano em Portugal.