27 Junho 2024, Quinta-feira

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Partidos da oposição acusam Governo socialista de fazer propaganda

Partidos da oposição acusam Governo socialista de fazer propaganda

Partidos da oposição acusam Governo socialista de fazer propaganda

PSD, PCP e IL afirmam que promessas feitas na visita ao distrito são “ilusões” que se acumulam “como listas de espera nos hospitais”

 

O Governo liderado por António Costa esteve no Distrito de Setúbal, onde se realizou o Conselho de Ministros, tendo apresentado várias medidas para a região. Os partidos da oposição, Partido Social Democrata (PSD), Partido Comunista Português (PCP) e Iniciativa Liberal (IL) mostram-se pouco crentes nas medidas apresentadas pelos governantes socialistas, afirmando que algumas das propostas trazidas para cima da mesa são uma “ilusão” e considerando que as matérias abordadas se acumulam “numa lista como as listas de espera nos hospitais”.

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“Agora é que é, mas nunca o é”. É desta forma que a Comissão Política Distrital de Setúbal do PSD faz o balanço do “Governo + Próximo” no Distrito de Setúbal. A comissão explica que esteve atenta às promessas feitas durante a iniciativa governamental na região, enaltecendo que as mesmas seriam “motivo de grande alegria, gáudio e aplauso” se, um “plano muito idêntico”, não tivesse sido já apresentado em Julho de 2009, pelo governo do PS de José Sócrates.

A O SETUBALENSE, Paulo Ribeiro, presidente da Comissão Política Distrital de Setúbal, enaltece a importância da visita governamental aos distritos, mas realça que estas só servem para verificar que o Governo se limita a repetir “promessas e ilusões” que já tinham sido “vendidas” quando José Sócrates era primeiro-ministro. “Todas estas promessas que aqui foram feitas, a questão do Arco Ribeirinho Sul, as pontes Barreiro-Seixal e Barreiro-Montijo, a questão do prolongamento do Metro Sul do Tejo, são todas matérias que já em 2008 houve uma resolução do Conselho de Ministros, na altura do governo socialista de José Sócrates foram feitas, foram reafirmadas em 2009, foram reafirmadas em 2016 pelo actual primeiro-ministro e têm sido reafirmadas ao longo dos anos”.

O líder distrital explica que “não se percebe” o porquê destas matérias não estarem em nenhum instrumento orçamental, quer nos fundos comunitários ou no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Para Paulo Ribeiro a dúvida do “será que agora é que é” permanece no ar, considerando que ficou por dar um conjunto de respostas importantes, como a resolução do problema da saúde no distrito, da falta de médicos, de médicos de família, de médicos nos hospitais, de enfermeiros e de outos profissionais de saúde e também, simultaneamente, a questão do reforço das forças de segurança na região, considerando que esta visita “é mais ilusão e uma desilusão”.

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PCP vê visita governamental como “um desfile de ministros”

Armindo Miranda, responsável pela Direcção da Organização Regional de Setúbal do PCP e membro da Comissão Política do Comité Central do partido, descreveu, a O SETUBALENSE, esta visita governamental como “um desfile de ministros pelo distrito”. Para o dirigente, o mínimo que se poderia esperar era que o Governo do PS viesse a Setúbal e “pelo menos pedisse desculpa à população da região”.

Armindo Miranda realça que as promessas feitas já haviam sido assumidas em 2009, realçando a situação da terceira travessia do Tejo, que considera um “elemento estruturante” para toda a península, e que não foi abordada, enaltecendo ter conhecimento que houve tentativas de impedir que os autarcas da região abordassem este assunto.

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Quanto à IL, reuniu-se no ‘Moscatel Liberal’, realizado no passado sábado em Setúbal, com o propósito de discutir e “desmontar” a recente “incursão socialista de promessas, mentiras e ataques à propriedade privada e emprego”.

Flávio Lança, deputado municipal da IL, explicou a O SETUBALENSE que nesta “tour realizada por um Governo esgotado”, foram realizadas mais promessas para não serem cumpridas. Para o dirigente tratam- -se de “politicas mal pensadas e mal executadas”, que apenas contribuem para a “estagnação” em Portugal, particularmente em Setúbal. O dirigente aponta que existe um conjunto de exemplos de promessas que foram feitas e que não foram concretizadas, enaltecendo que o Governo “esquece-se que Setúbal é muito mais do que km’s quadrados”, pedindo que em vez de anúncios de obras que “nunca irão sair do papel”, relembrando a experiência passada tem “habituado este governo do PS”, a IL quer apenas que o “Estado simplifique a vida das pessoas e das empresas”.

Flávio Lança recorda que as “promessas por cumprir são mais que muitas aqui no distrito e já têm um histórico grande”, considerando que as mesmas se “acumulam numa lista como as listas de espera nos hospitais”. Para o deputado municipal este tipo de “acções de campanha do PS” não são admissíveis e existe a necessidade de “desmontar este tema”, considerando que os membros do partido não podem “ficar indiferentes a este tipo de acção e campanha politica do PS”.

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