Programa de comemorações começa pelas 9h30 e só termina ao fim da tarde com música na Casa da Baía
O Orfanato Municipal de Setúbal comemora a 18 de Maio o seu 105.º aniversário, e a festa é feita no domingo seguinte com um programa de celebrações. É a 19 de Maio (domingo) que vários serão os momentos de festejo, que passam pela Casa da Baía, o orfanato e a Igreja de Nossa Senhora Anunciada.
Uma concentração de ex-alunos no centro de convívio do orfanato é a primeira das actividades planeadas. O encontro está marcado para as 9h30 seguindo-se a já habitual “romagem” aos cemitérios da cidade para a deposição de flores nas campas dos directores e ex-alunos DR que já partiram. O aniversário prossegue com a “celebração dominical da missa”, na Igreja de Nossa Senhora Anunciada, que começa pelas 10h30 – onde os falecidos também vão ser lembrados.
Para as 13 horas está marcado um almoço de confraternização que, este ano, tem lugar na Casa da Baía – local onde eram as instalações do orfanato municipal. Servido no refeitório do espaço cultural – onde se situava o antigo refeitório da instituição – promete trazer aos antigos alunos “gratas recordações” de tempos antigos. O plano é que, após a refeição, o ponto de encontro volte a ser o centro de convívio para o corte do bolo de aniversário. O último momento do programa está marcado para as 16h30, de volta à Casa da Baía, especificamente na antiga cerca do orfanato, onde vai decorrer “um momento musical, dirigido pelo dedicado Luciano à música Popular Setubalense e seu Conjunto Típico”, explica a direcção em nota de Imprensa enviada a O SETUBALENSE.
O Orfanato Municipal Presidente Sidónio Pais de Setúbal, criado há precisamente 105 anos, “amparou e educou em Setúbal centenas de rapazes pobres arrancados à rua por homens de bem, que nos conturbados anos de 1918/19 [pandemia] comandavam os destinos da Câmara Municipal de Setúbal”. Descrito como uma associação “que o povo setubalense acarinhou e apoiou” recebeu, à data e durante a continuidade da sua actividade, vários donativos de pessoas individuais e outras instituições que ajudaram a construir o nome do espaço.
A nota lembra a época em que a febre espanhola era uma realidade que arrastou para a pobreza “famílias inteiras povoadas de filhos que ficavam totalmente desprotegidas depois da morte dos seus pais”, momento em que o orfanato foi crucial para acolher todos estes jovens. A instituição mostra-se por isso grata pelo “esforço colectivo” que permitiu que pelo orfanato passassem “cinco gerações de rapazes preparados para a vida”.