Depois de comemorar seis anos de actividade, a Ocean Alive acaba de lançar um desafio direccionado a empresas, para que estas se tornem também guardiãs das pradarias do Estuário do Sado.
O projecto tem como objectivo gerar receitas suficientes que permitam continuar a assegurar o mapeamento das 14 pradarias marinhas existentes no Sado, totalizando uma área com cerca de 72 hectares. Para o efeito, a cooperativa dedicada à protecção do oceano pretende obter “um contributo anual” por parte das empresas “no valor de 2 500 euros”, explica através do seu site.
A ideia será “conservar e restaurar as pradarias marinhas, criando conhecimento, mudanças duráveis e empregos que valorizem a natureza e as mulheres”, uma vez que são as guardiãs do mar quem as protege. O mapeamento das 14 pradarias marinhas acontece por etapas, “uma vez por ano, durante a Primavera ou o Verão, por ser a altura em que a extensão da pradaria é mais visível à superfície”. No total, são actualmente “cinco as monitores quem recolhe informação sobre a sua localização, áreas e estado de conservação”, sendo que o “mapeamento é feito a pé e de barco”.
Pela voz de Raquel Gaspar, co-fundadora da Ocean Alive, a organização não-governamental pede igualmente a ajuda da população, através da realização de donativos para o mesmo objectivo.
“A pandemia trouxe-nos um grande desafio. Como não pudemos fazer actividades com grupos, não gerámos receitas. A Ocean Alive quer ser uma organização auto-suficiente. Precisamos de uma enorme bolsa de ar, que nos permita reinventar, para criarmos novas actividades. Sabemos para onde queremos ir: queremos proteger as pradarias marinhas em Portugal, nos locais onde elas ainda existem. Queremos envolver as mulheres do mar. Juntos podemos reflorestar o mar”, explicou Raquel Gaspar através de vídeo.