22 Julho 2024, Segunda-feira

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Obra “O Estúdio das Memórias” apresenta um olhar sobre a Inteligência Artificial

Obra “O Estúdio das Memórias” apresenta um olhar sobre a Inteligência Artificial

Obra “O Estúdio das Memórias” apresenta um olhar sobre a Inteligência Artificial

Setubalense João Miguel Fernandes apresenta o seu novo livro no próximo domingo, na Casa da Cultura

 

A Inteligência Artificial no centro do mundo real parece ser uma questão cada vez verdadeira para João Miguel Fernandes. Sadino de gema mas a viver em Estocolmo, na Suécia, há cerca de sete anos, lança agora “O Estúdio das Memórias”, um livro
que se apresenta como um romance de ficção científica que promete pôr os leitores a pensar sobre uma série de questões sociais da actualidade.

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“Um dos motivos principais do livro, e uma das coisas que é mais explorada, que secalhar é um pouco diferente da maior da maior parte das abordagens de inteligência artificial, é que eu vejo a tua inteligência artificial como algo positivo e que pode ajudar a humanidade porque os seres humanos basicamente destruíram o planeta e é a inteligência artificial que está a ajudar a reconstruir o planeta novamente”, confessou o autor em entrevista a O SETUBALENSE.

A personagem principal, de seu nome Robin, é uma andróide e apresenta um podcast sendo que é neste espaço de voz que questiona a sua “própria realidade e identidade”. É também aqui que faz um reflexo sobre as memórias, um assunto que João Miguel Fernandes considera como um motor para o desenvolvimento de toda a narrativa.

“O título está relacionado com o facto de grande parte da acção do livro se passar dentro de um estúdio, porque a protagonista do livro apresenta um podcast. Passa bastante tempo dentro tempo de um estúdio e depois ‘memórias’, porque o programa que a personagem principal apresenta são as memórias do ser humano que viveu há muitos anos – a personagem principal é uma andróide. Depois pronto é um pouco metáfora a nível da questão de se as memórias são reais, se pertencem àquela pessoa ou não se pertence a outra pessoa e um pouco brincar connosco próprios, porque nós temos todas estas concepções de memórias da nossa juventude e da nossa infância, de coisas que vivemos, mas que são coisas tão distantes, que em certos momentos já não sentimos”.

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Com um amplo olhar sobre o capitalismo, que na visão do autor será a forma como o mundo acabará por ser destruído, a obra que à primeira vista anda à volta da ficção em muito reflecte sobre questões do nosso quotidiano.

“Não vejo outra hipótese sem ser a destruição natural do planeta, porque é o que acontece, apesar de haver uma maior consciencialização a nível actual, mesmo assim estamos muito, muito atrás e o mundo continua a ser governado pelas pessoas que estão simplesmente preocupadas pelo poder e pelo dinheiro. E enquanto isso não mudar vai ser muito difícil. Isso porque, porque novamente, são pessoas que estão focadas no lucro imediato, na felicidade imediata para os próprios e é uma sociedade de poder bastante machista e bastante dominada pelo Homem”.

João viaja até Setúbal para apresentar a sua criação, já no próximo domingo na Casa da Cultura pelas 16 horas mas a tarefa é estendida a outras pessoas. João Raposo está responsável por toda a apresentação do evento onde também vão estar o ilustrador do livro, José Pereira, um músico que criou uma canção com base na história, José Quintino, e uma artesã que também tomou inspiração para criar um boneco, Maria José Bento.

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