27 Junho 2024, Quinta-feira

- PUB -
Morreu o setubalense poeta e ex-bastonário da Ordem dos Advogados António Osório de Castro

Morreu o setubalense poeta e ex-bastonário da Ordem dos Advogados António Osório de Castro

Morreu o setubalense poeta e ex-bastonário da Ordem dos Advogados António Osório de Castro

António Gabriel Maranca Osório de Castro tinha 88 anos

Afirmou-se profissionalmente no exercício da advocacia. Destacou-se também como poeta publicando oito obras, e recebeu vários prémios

 

Morreu o poeta e ex-bastonário da Ordem dos Advogados António Osório de Castro, aos 88 anos, na passada quinta-feira. Setubalense, nasceu a 1 de Agosto de 1933, era filho do notário Miguel Osório de Castro e de Giuseppina Maranca

- PUB -

Afirmou-se profissionalmente no exercício da advocacia, tendo-se formado em Julho de 1956 na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, e inscrito como advogado a 3 de Outubro de 1958, foi eleito Bastonário da Ordem dos Advogados para o triénio 1984-1986. Dentro da Ordem, foi ainda Vogal do Conselho Distrital de Lisboa, Vogal do Conselho Geral, Vice-Presidente (1978-1980) e Vogal do Conselho Superior (1981-1983).

Destacou-se também como poeta, publicando oito obras, e recebeu vários prémios como o Prémio Literário Município de Lisboa (1982), o Prémio P.E.N. Clube Português de Poesia (1991) e o Prémio Autores (2010).

Era proprietário da Quinta das Baldrucas em Oleiros, Vila Nogueira de Azeitão.

- PUB -

Através de nota de pesar divulgada no site da Ordem, Luís Menezes Leitão, actual Bastonário, manifestou “o seu mais profundo pesar” pela morte do colega.” E juntamente com o Conselho Geral da instituição, apresentou “sentidas condolências à família”.

Também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apresentou, na quinta-feira, “sentidas condolências à família do advogado e ex-bastonário António Osório de Castro, que usava como nome literário António Osório”. Na mesma mensagem publicada no site da Presidência da República, lembrou o poeta que “acreditou na harmonia das coisas e com as coisas, e na palavra como “libertação da peste”.

Recordando que o advogado “nasceu numa família com um invulgar trajecto cultural e cívico, António Osório pertenceu à geração poética dos anos 50, esteve ligado a revistas como “Anteu” (1954), mas estreou-se em livro apenas em 1972, anunciando uma inflexão de claridade e empatia que teria notórias consequências na poesia dessa década. O título desse livro inicial, ‘A Raiz Afectuosa’, era aliás todo um programa”.

- PUB -

Marcelo Rebelo de Sousa apontou ainda António Osório de Castro como um poeta do amor e da família, da natureza, dos bichos, dos ofícios, minucioso, lírico, em diálogo constante com a poesia italiana, com a sabedoria oriental e com a pintura europeia. Escreveu ensaios, crónicas, memórias, poemas em prosa, aforismos, e dirigiu a revista de escritores juristas Foro das Letras”.

À família enlutada e amigos, O SETUBALENSE endereça sentidas condolências.

Partilhe esta notícia
- PUB -

Notícias Relacionadas

- PUB -
- PUB -