Graça Fonseca disse que foi um dia “muito bom e extremamente positivo”
A ministra da Cultura passou o Sábado em Setúbal, a conhecer diversos equipamentos culturais da cidade e em contacto com agentes culturais, no que classificou como um dia “muito bom e extremamente positivo”.
A visita de Graça Fonseca, que esteve sempre acompanhada da presidente da Câmara Municipal, Maria das Dores Meira, e do vereador da Cultura, Pedro Pina, começou, de manhã, com um concerto no Fórum Municipal Luísa Todi, do evento A7M ComVida, em que participaram as escolas de música locais e da região.
A governante conheceu logo as instalações do Fórum Luisa Todi e passou depois pela Casa da Cultura, A Gráfica – Centro de Criação Artística, Biblioteca Pública Municipal, Museu de Setúbal e Convento de Jesus, Casa das Imagens Lauro António e Museu do Trabalho Michel Giacometti.
Equipamentos, realça a Câmara Municipal, “criados ou modernizados pela autarquia nos últimos anos, correspondendo a uma estratégia de gestão orientada para disponibilizar mais e melhores infraestruturas para o desenvolvimento da atividade cultural no concelho”.
O périplo incluiu uma visita à Casa da Avenida, espaço cultural privado, na Avenida Luísa Todi.
No final do programa, a ministra e os autarcas participaram num “encontro informal” com mais de duas dezenas de agentes culturais locais, que fizeram uma exposição das dificuldades que vivem na sua actividade corrente e colocaram dúvidas sobre questões dependentes da política pública para o sector.
O financiamento do Estado, Estatuto do Artista e as perspetivas sobre a continuidade das restrições na realização de eventos culturais, foram alguns dos temas debatidos.
“A Cultura é um caso muito particular. Vive da proximidade com o público e a pandemia colocou dificuldades muito grandes de gestão. A principal mensagem que se teve que passar no que toca ao combate [à crise pandémica] foi dizer às pessoas para não saírem de casa. Cheguei a pensar se não se estaria a levar as restrições longe de mais. Mas ao chegar janeiro e fevereiro, vendo mais de 300 pessoas a morrer por dia, vi que não haveria outra maneira senão esta”, afirmou Graça Fonseca.
A presidente da Câmara disse à ministra que “foi muito bom tê-la aqui”, que a proximidade “é fundamental” e que os agentes culturais de Setúbal “estão a precisar de ajuda nos mais variados níveis, seja financeiro, para novas infraestruturas ou até em matérias que deveriam ser mais simples, como o plano contributivo”. O vereador Pedro Pina acrescentou que “a Cultura é definitivamente um eixo central da estrutura dos territórios, tal como demonstrou a actual recente crise de saúde pública”.