25 Julho 2024, Quinta-feira

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Micaela Castanheira: “Obviamente que ser reconhecida por uma instituição tão importante me dá orgulho”

Micaela Castanheira: “Obviamente que ser reconhecida por uma instituição tão importante me dá orgulho”

Micaela Castanheira: “Obviamente que ser reconhecida por uma instituição tão importante me dá orgulho”

Micaela Castanheira diz ter demorado "alguns segundos a absorver tudo"

Micaela Narciso Castanheira diz que prémio da Royal Television Society lhe deu “motivação para criar mais e melhor”

 

Tem apenas 24 anos e está já a dar cartas a nível internacional enquanto realizadora. A jovem setubalense Micaela Narciso Castanheira viu no início do presente mês o seu trabalho ser reconhecido no País de Gales, para onde rumou em 2019 para estudar Cinema na University of South Wales.

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O filme “Para Reminiscência”, produzido em contexto escolar em plena pandemia, venceu o prémio “Student Television Awards 2022”, na categoria “Documentário”, tendo a entrega do galardão decorrido no passado dia 8, no Royal Welsh College of Music and Drama.

Como surgiu o filme “Para Reminiscência”?

O projecto “Para Reminiscência” surgiu em contexto escolar em 2020. Foi-nos dada a tarefa de produzir um minidocumentário com um tema à nossa escolha. Fiz imensa pesquisa. Entre ver outros trabalhos, ler livros e visitar várias localizações, acabei por me apaixonar por um mercado de antiguidades que existe em Cardiff [País de Gales]. Ao fazermos entrevistas preliminares aos vendedores (que mais tarde acabaram por entrar no filme), decidimos que queríamos focar-nos na importância que os objectos têm na memória emocional do ser humano.

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Quanto tempo demorou a ser produzido?

Desde a fase de pré-produção até à estreia, o filme (que é de cerca de dez minutos) demorou cinco meses a ser concluído.

Como surgiu a oportunidade para concorrer ao prémio “Student Television Awards 2022”?

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A oportunidade para concorrer surgiu da mesma forma que qualquer outra nesta indústria. Tem de haver uma vasta pesquisa em festivais de cinema e a Royal Television Society foi uma das opções. Normalmente tenho uma lista de sítios onde quero concorrer, até mesmo antes de o filme estar completo. Quando as candidaturas abrem, normalmente paga-se por cada entrada (quanto maior o festival, maior a taxa).

O que sentiu quando soube que tinha sido a vencedora?

Quando chamaram o nome do meu filme na cerimónia de entrega de prémios demorei uns segundos a absorver tudo. Foi tão rápido, mais do que o normal – no Reino Unido não é costume que se faça suspense, como em Portugal. Recebem o envelope, abrem-no e ditam logo o nome. Olhei para a minha directora de fotografia [Weronika Chilewska], que estava sentada no camarote acima de mim, e tive logo de correr para o palco. Não há maior sentimento que o de gratidão. Pelo reconhecimento e pela bondade de todas as pessoas que nos ajudaram a tornar este projecto possível, especialmente tendo em conta que estávamos em pleno período de pandemia quando fizemos as gravações. Significa que não se trabalha para nada, que se está a fazer alguma diferença – de uma forma ou outra. Obviamente que ser reconhecida por uma instituição tão importante me dá orgulho, porque significa que o meu trabalho tem qualidade, o que consequentemente me dá motivação para criar mais e melhor. Ao mesmo tempo também me dá visibilidade, que é essencial para poder continuar a trabalhar. Significa que oportunidades podem surgir daí – e o que nós queremos, enquanto cineastas, é poder sempre trabalhar, e especialmente poder fazê-lo sem estar à mercê de executivos, conseguindo manter integra a nossa qualidade criativa”.

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