24 Julho 2024, Quarta-feira

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Marchas Populares voltam a desfilar “tradição bairrista” após dois anos “pesados” de pandemia

Marchas Populares voltam a desfilar “tradição bairrista” após dois anos “pesados” de pandemia

Marchas Populares voltam a desfilar “tradição bairrista” após dois anos “pesados” de pandemia

Presidente da autarquia realça importância do certame para o município e para a cidade sadina

 

São seis as colectividades que estão em contagem decrescente para a realização das Marchas Populares de Setúbal, a acontecer este ano em duas ocasiões, com o primeiro momento, de apresentação, a realizar-se no dia 25 na Avenida Luísa Todi.

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O tradicional certame setubalense, reduzido em 2022 a meia dúzia de colectividades – contabilizando com a participação da APPACDM de Setúbal, que é extraconcurso –, é “muito importante” para o presidente da autarquia sadina.

“Passados dois anos de pandemia, temos de reconhecer que as colectividades têm uma responsabilidade a dobrar. Algumas pessoas já não são as mesmas que conhecemos. Estes dois anos pesaram muito na nossa vida”, referiu André Martins na sessão de apresentação das Marchas Populares, realizada quarta-feira na Casa da Cultura.

Sobre as colectividades, disse serem “a cara das Marchas Populares”, uma vez que estas “desenvolvem-se fundamentalmente lá”. “No município o papel das colectividades é fundamental e determinante na dinamização e mobilização das populações. Esta questão das Marchas é muito identitária. As pessoas envolvem-se e motivam-se e por isso é necessário que as marchas continuem”, sublinhou.

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Com “apenas seis marchas” a participar no certame, nomeadamente o Clube Recreativo Palhavã, o Grupo Desportivo Independente, o Núcleo dos Amigos do Bairro Santos Nicolau, o Grupo Desportivo Setubalense “Os 13” e a União Desportiva e Recreativa das Pontes, o autarca frisou que “é o resultado da situação vivida” e que “as colectividades sabem da dificuldade que foi conseguir criar as condições para apresentar o evento”.

No que diz respeito aos locais escolhidos, o edil explicou existirem algumas “dificuldades em realizar este tipo de eventos” e que “a Praça de Touros era uma salvaguarda porque permitia acolher um número alargado de pessoas”.

“A avaliação que nós temos vindo a fazer é que as instalações não são recomendadas e não quisemos arriscar ali o evento. Portanto temos esta alternativa nas Manteigadas, que é uma experiência, mas temos de saber que não é a mesma coisa e fazer um esforço para que corra bem”.

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A concluir, revelou “o compromisso de que a Câmara Municipal tudo fará para que no mais breve espaço de tempo se possa tornar a Praça de Touros num centro multicultural, com melhores condições para a realização das Marchas e de outros eventos com uma dimensão que naturalmente a cidade e o concelho merecem”.

Marchas orgulham autarquia, bairros e colectividades

Na sessão esteve igualmente presente Pedro Pina, vereador da Cultura, que afirmou ter “expectativas de que seja um grande espectáculo”. “As Marchas, independente do seu número e pelas circunstâncias que conhecemos, pela sua qualidade e empenho dos seus dirigentes, deixam-nos cheios de orgulho e aos seus bairros, as colectividades e as freguesias”.

Para a Madrinha das Madrinhas, Carla Lança, eleita em 2019, deixou um especial agradecimento “por ter aguentado e suportado esta possibilidade que a covid-19 trouxe”. Já a fadista disse ser “um privilégio assumir este papel”.

“Quero agradecer ao município pelo esforço e por realizar as marchas este ano. Espero representar bem o município e irei fazer o meu papel o melhor que sei e com muita alegria”, expressou.

Também Piedade Fernandes, escolhida para presidente do júri, agradeceu à autarquia a escolha e sublinhou tratar-se de “uma actividade que não pode deixar de acontecer numa cidade como Setúbal”.

“Para mim é um evento que sempre teve grande significado. Já na altura dizia que era uma actividade importante para fomentar o convívio pós-laboral e social. É um evento que ocupa as pessoas, num aspecto positivo e colaborativo”, referiu.

Além disso, é um momento de “muita alegria, onde nascem amores e casamentos e há todo um espírito bairrista e de amizade que perdura ao longo de gerações”. “É uma coisa de se fomentar e aplaudir e de se tentar que não desapareça”, sublinhou, a terminar.

Depois do momento de apresentação no dia 25, o desfile a concurso está marcado para 2 de Julho no Pavilhão Municipal das Manteigadas, com capacidade para 1 400 pessoas.

 

Marchas arrancam do cruzamento com a Rua Teotónio Banha

É junto do cruzamento com a Rua Teotónio Banha que as Marchas Populares vão arrancar, para em seguida seguirem pela faixa norte da avenida, com a primeira apresentação a acontecer frente da glorieta de Luísa Todi, virando depois para a faixa sul da avenida para fazerem uma segunda apresentação em frente ao coreto, onde está o júri.

Em comunicado, a autarquia dá conta de que “com a Marcha n.º 1, o Núcleo dos Amigos do Bairro Santos Nicolau apresenta o tema “Bairro Santos… Pérola do Rio”, tem como madrinha Ivone Vieira Dias e faz desfilar um total de 63 elementos”. “A Marcha n.º 2 é a do Grupo Desportivo Setubalense “Os 13”, que tem como madrinha Íris Cruz e cujos 65 elementos desfilam ao som do tema “Parabéns, Os 13 está em festa!”.

Tendo Joana Lança como madrinha, a União Desportiva e Recreativa das Pontes é responsável pela Marcha n.º 3, com o tema “A Rosa e o Chico, num perfeito Amor ao Fado” e um total de 60 elementos. Já a Marcha n.º 4 é a do Grupo Desportivo Independente, que escolheu Sara Margarida para madrinha e vai ter 59 elementos a desfilarem ao som do tema “Um Brinde a ti… Querida Paula Costa!”

A última a concurso, a Marcha n.º 5 “faz desfilar 64 elementos pelo Clube Recreativo Palhavã, com o tema “Feira de Sant’Iago, um mundo de emoção, sabor e tradição!” e tendo Inês Pereira como madrinha”. Extraconcurso, a marcha da APPACDM apresenta o tema “Setúbal terra de peixe!”, tem como madrinha Maria do Céu Freitas e como padrinho Miguel Assis e conta com um total de 46 elementos no desfile.

O júri, presidido por Piedade Fernandes, é ainda composto por Joana Gomes (cenografia), Marina Sacramento (coreografia), José Nova (figurino), Inês Duarte (letra) e Délio Gonçalves (música).

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