União de Sindicatos de Setúbal (CGTP) fixou marcações na Avenida Luísa Todi e participantes usaram protecção individual
A celebração do 1.º de Maio em Setúbal, em tempo de pandemia, contou com a participação de mais de duas centenas de pessoas e decorreu com respeito pelas regras de convivência decretadas pela Direcção-Geral de Saúde (DGS).
O espaço central da Avenida Luísa Todi foi marcado, com fitas colocadas no chão, em filas a mais de dois metros de distância, e os participantes, na quase totalidade, usaram equipamentos de protecção individual, como máscaras ou viseiras.
Com esta espaçada formação, a acção, promovida pela União de Sindicatos de Setúbal (USS), da CGTP, estendeu-se por largos metros, desde o coreto até quase à passadeira frente à Praça do Bocage.
Os presentes aprovaram uma resolução, pelos direitos dos trabalhadores, salário mínimo nacional de 850 euros e 35 horas de trabalho semanais.
Antes da votação, houve intervenções de responsáveis da USS, como Luís Leitão, que denunciou o que disse ser o aproveitamento por parte de algumas empresas, para, a pretexto da situação provocada pela Covid-19, atentarem contra os direitos dos trabalhadores.
O coordenador da USS acusou as grandes empresas de recorrerem ao lay-off simplificado sem necessidade de o fazerem.
A iniciativa demorou cerca de uma hora, das 15h até perto das 16h, e, após as intervenções, foram cantadas três músicas, entre as quais o hino nacional, a encerrar. No final, os participantes foram convidados a desmobilizar “por filas” de forma a evitar o contacto.
Setúbal foi assim uma das 25 cidades em que a CGTP assinalou o 1.º de Maio com iniciativas de rua. A maior foi o desfile em Lisboa, onde vários trabalhadores e dirigentes de vários concelhos da zona ribeirinha norte do distrito de Setúbal participaram.
Este ano, devido à pandemia, a UGT, incluindo a delegação de Setúbal, optou por assinalar o Dia do Trabalhador através da Internet, com iniciativas nas redes sociais.