Jornal O Setubalense declarado Interesse Público Municipal

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O SETUBALENSE celebra 170 anos. A 31 de Julho publica uma edição especial e, a 19 de Julho, é lançado o livro “Dicionário da História de Setúbal”

O jornal O SETUBALENSE, actualmente de publicação diária e cobertura de todo o Distrito de Setúbal, e concelho de Odemira, viu a Câmara Municipal de Setúbal dar início ao processo de classificação do periódico como de Interesse Público Municipal. A decisão foi tomada na passada quarta-feira em sede de reunião de câmara.      

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No texto da deliberação, lê-se que o município assinala que O SETUBALENSE, fundado a 1 de Julho de 1855, perfazendo agora 170 anos de fundação, é “um dos mais antigos jornais com publicação regular em todo o mundo”, e o mais antigo de Portugal Continental. A isto acrescenta que o jornal desempenha um papel no registo na vida do concelho e da região de Setúbal que justifica “plenamente que o seu determinante lugar na construção da identidade local e da memória colectiva seja formalmente reconhecido”, sublinha nota de Imprensa da autarquia.

O texto da declaração aprovada pelo executivo municipal, que refere momentos essenciais da história de O SETUBALESE, começa por citar Albérico Afonso Costa, historiador com vasta e importante obra publicada sobre Setúbal, referindo-se ao jornal que “acompanhou, desde a sua formação, todo o devir histórico da cidade [de Setúbal]. Mais do que um acompanhamento de circunstância, este jornal fez e foi a própria caminhada. Meteu as mãos na massa e fez o pão da notícia”.

Lê-se no mesmo documento que a 1 de Julho, de 1855, João Carlos de Almeida Carvalho (1817-1897), proeminente figura política do Partido Regenerador juntou um grupo de amigos e adquiriram uma tipografia com a finalidade de criarem um periódico: O SETUBALENSE.

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Posteriormente o jornalista lisboeta Luís Faria Trindade pegou no jornal a 10 de Agosto de 1916. Vivia-se o período extraordinariamente duro da Grande Guerra. Em 1944, em plena II Guerra Mundial, Dinis Bordallo-Pinheiro assumiu o leme do jornal, tornando-se director e proprietário. Após a morte do segundo proprietário, em 1971, o seu filho, Carlos Bordallo-Pinheiro ficou à frente do jornal até Outubro de 1975.

Entre 20 de Outubro e 25 de Novembro de 1975, o jornal foi ocupado pelos trabalhadores e passou a funcionar numa lógica de autogestão. Em Fevereiro de 1981, O SETUBALENSE regressou formalmente às mãos do antigo proprietário, Carlos Bordallo-Pinheiro, como trissemanário.

Em 1995, José de Sousa Fidalgo assumiu a direcção, mantendo-se no cargo até falecer. Foi substituído pelo filho, João Carlos Fidalgo. Em 2014 João Abreu passou a ser o director do jornal. Em 2018, O SETUBALENSE consolidou o estatuto de referência que possui até aos dias de hoje, “muito graças ao labor e dedicação da equipa dirigida por Francisco Alves Rito”.

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Nos últimos anos O SETUBALENSE tem assinalado o seu aniversário com uma edição especial publicada a 31 de Julho, sempre dedicada a tema específico. Este ano, a edição especial é sobre “Jornalismo e Inteligência Artificial”, ou seja, entre a actividade jornalística e a ferramenta tecnológica digital que poderá mudar o mundo.

Este ano, na celebração dos 170 anos, O SETUBALENSE promove o livro coordenado por Albérico Afonso Costa, “Dicionário da História de Setúbal”, uma obra que terá o primeiro volume lançado a 19 de Julho, onde alerta para o esquecimento planificado e reforça a importância de garantir a identidade e futuro da comunidade. Serão ainda publicados dois outros volumes, nos próximos dois anos.

Diz Albérico Afonso Costa, que “este livro é a maior obra colectiva que alguma vez foi publicada sobre Setúbal”. O projecto literário, que está ser desenvolvida há cerca de um ano, reúne mais de 1 300 verbetes elaborados por cerca de 70 investigadores de diversas áreas académicas.

A iniciativa surgiu da convicção do coordenador de que “um povo que não conhece a sua história é como uma pessoa que tivesse perdido a sua memória”, referiu em entrevista a O SETUBALENSE.

O “Dicionário da História de Setúbal” tem como objectivo proporcionar à comunidade setubalense, especialmente a estudantes e professores, um instrumento de referência sobre a história da cidade, para isso reúne informações históricas, desde a pré-história até à contemporaneidade, passando por temas sociais, políticos, económicos, culturais, desportivos e religiosos. Inclui ainda sínteses biográficas de centenas de pessoas que “muitas vezes são esquecidas pela história institucional e política”, valorizando intervenções locais que marcaram a cidade.

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