28 Julho 2024, Domingo

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Instituições do concelho unem esforços para alojar família sem casa

Instituições do concelho unem esforços para alojar família sem casa

Instituições do concelho unem esforços para alojar família sem casa

Jaime e a família estão abrigados no Hotel Bocage devido a solidariedade local

Caso está a ser apoiado por voluntários e instituições de solidariedade social de Setúbal

 

Jaime Couto, Cesarina Couto e o filho estão abrigados no Hotel Bocage desde o fim de Maio. A família esperava encontrar apoio para arrendar uma casa antes que o dia de sair chegasse, mas o gerente do hotel dá o dia de hoje como prazo final e a solução ainda não está firmada. O Centro Distrital da Segurança Social de Setúbal está numa corrida contra o tempo para encontrar soluções adequadas a esta família que, desde 2017, vive de pensão em pensão.

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O apoio alimentar e vestuário tem chegado a partir da Associação de Socorros Mútuos Setubalense (ASMS), e antes estava a ser prestado pela Cáritas. Também o padre Constantino Alves, da paróquia de Nossa Senhora da Conceição disponibilizou alimentação e apoio para agilização documentos e contacto que a família necessitasse. E o abrigo ficou garantido porque o gerente do Hotel Bocage assumiu a estada da família “até as entidades com responsabilidade social resolverem a situação”, mas passaram duas semanas “e por mais que esteja disponível para ajudar, a família não poderá ficar mais tempo aqui, sem que haja uma resposta”, explica Vitor Henriques.

Prestes a terminar o prazo dado pelo hotel, a Segurança Social já está “a tratar de habitação para a família, tendo feito a proposta de apoiar financeiramente o arrendamento de uma habitação” segundo chegou ao conhecimento de O SETUBALENSE, através da Associação de Socorros Mútuos Setubalense. “No entanto a família recusou a proposta e pede uma habitação social, motivo pelo qual o centro distrital já está encaminhar o caso para a Câmara Municipal de Setúbal”.

Apesar de a família ter alguns rendimentos para pagar a mensalidade de uma renda “não está a conseguir encontrar, por si, uma casa. Talvez neste um caso seja necessário além de apoio financeiro, também acompanhamento no quotidiano, por técnicos”.

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Em declarações a O SETUBALENSE, Cesarina diz que já falou com uma assistente social, que garantiu que tudo iria ser resolvido e que em breve estaria a receber o RSI [Rendimento Social de Inserção]. Admitiu que a casa ia ser mais difícil, porque há muitos pedidos, por causa da pandemia, mas estavam também a tentar”, comenta.

Segundo Cesarina, o marido, Jaime, tem ido todos os dias à porta do edifício da Segurança Social “e o que lhe dizem é que estão em teletrabalho e que tem de aguardar”.

O SETUBALENSE contactou o Centro Distrital da Segurança Social de Setúbal, mas até ao momento não obteve qualquer resposta.

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PS e PSD exigem resposta social diferenciada para casos de emergência

 

Fernando Paulino, vereador socialista na Câmara de Setúbal, tem acompanhado o caso de Jaime e Cesarina e afirma que, “em primeira instância será sempre a Segurança Social a entidade responsável pelas respostas”. Apenas depois o caso é reencaminhado “para a Câmara, no caso de serem necessários outros meios, como a habitação social”. Meios que o PS reconhece, “não são fáceis de agilizar, porque a lista é grande e não há habitações disponíveis”. Motivo que leva o partido a sugerir a criação de gabinetes locais de resposta de emergência, “envolvendo juntas de freguesias, IPSS, Câmaras e Segurança Social”.

Também o PSD assume a necessidade de um plano diferente na resposta social, através de “um fundo e emergência social”, aponta o vereador social democrata Fernando Monteiro.

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