26 Julho 2024, Sexta-feira

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Hospital: Máquina do estacionamento no corredor Covid-19 e ajuntamentos nas análises aumentam risco

Hospital: Máquina do estacionamento no corredor Covid-19 e ajuntamentos nas análises aumentam risco

Hospital: Máquina do estacionamento no corredor Covid-19 e ajuntamentos nas análises aumentam risco

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Utentes preocupados com “falta de cuidados” pedem que sejam criadas condições para que “este tipo de situações não aconteçam”

 

Com o número de infectados com Covid-19 a aumentar diariamente a grande velocidade, há vários factores que têm vindo a preocupar a população que necessita de recorrer aos serviços do Hospital de São Bernardo, pelo risco que demonstram ter no que diz respeito à propagação da doença.

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Uma das situações que demonstra ser mais alarmante é a actual localização da máquina onde os utentes, assim como os seus profissionais, devem efectuar o pagamento do estacionamento quando utilizam o recinto desta unidade. Colocada recentemente junto à sala que servia como local de espera para os pacientes com pulseiras azuis e verdes, situada perto da Urgência Pediátrica, a máquina está agora precisamente no percurso por onde circulam doentes confirmados com Covid-19, assim como os suspeitos de terem contraído a doença e ainda outras patologias.

O local onde foi agora instalada, depois de ter estado na rua, entre a Urgência Pediátrica e a Urgência, é relativamente pequeno, situação que faz com que utentes não consigam cumprir com o distanciamento social, de forma a evitar a propagação do novo coronavírus. É, ainda, feito através deste espaço o acesso ao serviço de Imagiologia. Apesar do Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH), entidade responsável pela gestão do parqueamento, disponibilizar um outro equipamento para o mesmo fim, este encontra-se distante, junto à entrada principal do Hospital de São Bernardo.

É também do incumprimento da distância necessária entre cidadãos que os utentes se queixam. Segundo explicou Maria Santos a O SETUBALENSE, no decorrer desta semana necessitou de se “deslocar à parte das análises clínicas, por volta das 08h00”. “Quando lá cheguei vi várias pessoas na rua. Ao entrar, para tirar uma senha e entregar a credencial das análises, vi que estavam imensas pessoas dentro do serviço. Achei estranho e foi quando ouvi alguns comentários de que habitualmente costuma estar um segurança à porta a chamar, de forma a que as pessoas possam aguardar na rua”, contou.

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No entanto, “naquele dia não havia ninguém a fazê-lo”. “Havia apenas uma funcionária a receber as credenciais e as técnicas que faziam a recolha do sangue. Para as pessoas conseguirem ouvir os seus nomes, tiveram de ficar aglomeradas lá dentro”, acrescentou. Inconformada com o sucedido, resolveu ir “questionar a funcionária, que respondeu não haver mais ninguém para fazer esse trabalho”.

“Pelo que percebi, era aquele o cenário que acontecia antes da Covid-19. Deviam de ter mais cuidado e deviam de criar condições para que este tipo de situações não aconteçam. Além do distanciamento não estar a ser cumprido, estavam lá pessoas com dificuldade em andar, que tiveram de ficar em pé à espera de serem chamadas”, revelou Maria Santos.

O SETUBALENSE tentou obter esclarecimentos junto do Centro Hospitalar de Setúbal, que indicou não querer prestar quaisquer declarações sobre o referido, revelando, no entanto, que ao final do dia de ontem se encontravam internados “56 doentes com Covid-19 em Enfermaria e 5 em Unidade de Cuidados Intensivos”.

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