Greve dos trabalhadores trava entrada e saída de navios do Porto de Setúbal

Greve dos trabalhadores trava entrada e saída de navios do Porto de Setúbal

Greve dos trabalhadores trava entrada e saída de navios do Porto de Setúbal

Paralisação, a nível nacional, já provocou prejuízos avultados. Sindicato quer que o Ministro das Finanças cumpra parte do acordo

Os trabalhadores da administração portuária do Porto de Setúbal estão em greve desde 23 de outubro, não permitindo que praticamente 100% dos navios saia ou entre na infraestrutura portuária.

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Estão assegurados, no entanto, serviços mínimos para uma paralisação de 17 dias e que só terminará no sábado (8 de novembro). A greve abrange todos os portos do País e registam-se já prejuízos avultados na movimentação de carga.

João Carrasquinho, do Sindicato Nacional do Trabalhadores das Administrações Portuárias (SNTAP), disse a O SETUBALENSE que as “manobras de entrada e saída de navios” estão paradas em 100%, apesar de estar a ser realizada a manutenção das embarcações que atracam no porto.

Não se sabe precisamente qual é a percentagem de trabalhadores que aderiu até agora à paralisação, segundo o dirigente sindical. A adesão à greve é tida em conta conforme os efeitos que provoca no normal funcionamento dos portos.

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O SETUBALENSE tentou obter informações junto da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) mas não obteve confirmação.

Em causa está a luta por melhores condições de trabalho, num processo que teve início a 18 de dezembro de 2024, e que faz com que a estrutura sindical se dirija ao Ministério da Finanças para pedir mais verbas para as administrações portuárias, para que estas últimas façam cumprir um acordo assinado nessa mesma data.

Entre outras reivindicações os trabalhadores pedem o pagamento dos feriados e o pagamento da flexibilidade (a chamada “prevenção”).

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Na semana passada o Conselho Português de Carregadores (CPC), que representa alguns dos maiores exportadores nacionais – entre as quais EDP, Petrogal, Navigator, Cimpor, Sovena ou Somincor – disse que a greve estava a “provocar graves perturbações operacionais nos serviços marítimos, com navios retidos à entrada ou saída dos portos, gerando possíveis situações de rotura de stocks, além de custos adicionais substanciais para os carregadores e operadores logísticos”, como noticiou o Jornal de Negócios.

A greve, que começou a 23 de outubro e vai prolongar-se até ao próximo sábado, já paralisou “cerca de 90% dos navios” em todo o País. Os Portos de Douro, Leixões e Lisboa têm sido os mais impactados sendo que, neste último, tem existido um “cancelamento maciço na área dos navios de cruzeiro”.

PCP apoia trabalhadores em greve em Sines

A Célula dos Trabalhadores Comunistas na Administração dos Portos de Sines e do Algarve, infraestrutura que também está abrangida pela paralisação, está solidária com a luta dos trabalhadores das administrações portuárias.

Num comunicado enviado à redação d’O SETUBALENSE a célula pede “a todos os trabalhadores que continuem a aderir à greve convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias, até ao dia 8 de novembro”.

Reiteram o apoio a estes trabalhadores que pedem a atribuição de mais uma base remuneratória a todos os trabalhadores e a colocação do valor/hora, conforme consta no Código do Trabalho.

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