Greve do STOP encerra cerca de 25 escolas em Setúbal

Greve do STOP encerra cerca de 25 escolas em Setúbal

Greve do STOP encerra cerca de 25 escolas em Setúbal

Mais de uma centena de profissionais do sector participaram numa marcha de protesto entre a Escola Básica da Aranguez e a Praça do Bocage

O sector da educação no concelho de Setúbal parou nesta terça-feira, com o Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (STOP) a levar a cabo uma greve que encerrou cerca de 25 estabelecimentos de ensino. Mais de uma centena de profissionais do sector participaram numa marcha de protesto entre a Escola Básica da Aranguez e a Praça do Bocage. A Escola Básica do Viso abriu com apenas dois assistentes operacionais para mais de 800 alunos.

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Daniel Martins, dirigente sindical do STOP, explicou que o principal propósito desta greve é a defesa da escola pública na sua globalidade. Em declarações a O SETUBALENSE, o sindicalista revelou que estiveram cerca de 25 escolas encerradas no concelho de Setúbal, revelando que a principal motivação destes profissionais era a luta “por uma escola de excelência” para os alunos, algo que “começa a escassear” em Portugal.

O sindicalista referiu que se trata de um problema geral no País, mas que em Setúbal os profissionais do sector decidiram manifestar-se e dizer aos partidos que estão agora a concorrer às eleições, ao actual Governo e ao futuro governo que o “investimento na educação é prioritário”, e que sem isso “o futuro do País está comprometido”.

Daniel Martins criticou o que aconteceu na Escola Básica do Viso, que abriu com apenas dois assistentes operacionais para mais de 800 alunos. “Muitas vezes impuseram-nos serviços mínimos, que foram considerados ilegais pelos tribunais, mas impuseram-nos, e com um número de funcionários para cumprir, muito superior a isso. Hoje, com dois funcionários nas escolas, os directores abrem as escolas. Achámos isso lamentável”, atirou.

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O sindicato entende que o que está em causa é a luta por aumentos salariais, mais pessoal docente e não docente, o fim da municipalização, o direito à Caixa-Geral de Aposentações (CGA) para todos, a gestão escolar democrática e uma avaliação justa e sem quotas e especificação de funções. A decisão da realização do protesto foi tomada em plenário realizado após a última greve deste sindicato, no passado mês de Fevereiro.

Bloco de Esquerda presente na luta da educação

Joana Mortágua, cabeça de lista pelo Bloco de Esquerda por Setúbal às eleições legislativas, também estava na Praça do Bocage, numa recolha de assinaturas, acabando por se juntar à manifestação. Para a deputada à Assembleia da República esta luta não é só dos professores, incluindo os assistentes operacionais, que viram a situação de carreira específica da educação ser “precarizada e que estão a perder especificidade”, considerando “essencial” para os trabalhadores que se reponha a carreira de auxiliar da acção educativa.

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No entender da bloquista, em declarações a O SETUBALENSE, estes protestos são importantes para “chamar a atenção não só para a situação dos professores, que é importante, mas também para outros funcionários”. A candidata por Setúbal sublinhou ainda que a situação dos assistentes operacionais é “muito importante” porque muitas vezes são “desprezados pela tutela e deviam ter mais reconhecimento pelo trabalho educativo que fazem”.

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