23 Julho 2024, Terça-feira

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Gestão CDU critica PS por falta de “consensualização” na atribuição de nove Medalhas Honoríficas

Gestão CDU critica PS por falta de “consensualização” na atribuição de nove Medalhas Honoríficas

Gestão CDU critica PS por falta de “consensualização” na atribuição de nove Medalhas Honoríficas

Apesar de ter viabilizado a proposta, PSD tem a mesma posição, ao considerar que poderia ter havido “conversas prévias”

 

A gestão CDU diz ter recebido “com surpresa” a proposta do Partido Socialista (PS) para a atribuição de Medalhas Honoríficas a oito “filhos da terra” e a uma colectividade sem que tenha havido “consensualização” entre as três forças políticas que compõem a Câmara Municipal de Setúbal.

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“A CDU, mesmo com maioria absoluta, sempre concordou em consensualizar, de forma geral. Diria mesmo que o lema do PS, de agir em diálogo, na procura de consensos, caiu por terra nesta proposta”, afirmou o vereador comunista Carlos Rabaçal na reunião pública da passada quarta- -feira.

Para o autarca, e apesar de ser “uma opção e que cada um apresenta as suas propostas”, “corre-se o risco de as votações serem as mais díspares”. “Isso coloca uma dificuldade para as pessoas. Não há coisa mais desagradável que uma pessoa ser proposta por um órgão e metade dizer que sim e metade dizer que não”, considerou. Contudo, e depois de sublinhar que “o vereador Carlos Rabaçal sabe daquilo que tem sido o esforço de consensualização do PS em matérias de gestão corrente e estratégica do município”, Joel Marques (PS) explicou tratar-se de “um tema completamente inverso”.

“Estamos perante aquilo que é uma proposta de reconhecimento de personalidades ou instituições. É uma proposta, tem de ser votada em Câmara, mas pode ser apresentada por qualquer bancada. Da mesma forma que o regulamento não especifica que este tipo de reconhecimento tem de ser atribuído no Dia da Cidade”, justificou o eleito socialista.

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A proposta viria a ser aprovada com seis votos a favor e cinco contra, apesar de também a vereadora Sónia Martins (PSD) considerar que “podia ter havido uma consensualização entre forças e algumas conversas prévias, apontando até para o caminho da apresentação de uma proposta única”. “Acho que estas escolhas das personalidades que queremos ver distinguidas no município são importantes, mas o PS entendeu não conversar com as restantes forças políticas. Como normalmente são muito entusiastas da articulação prévia”, atirou.

“Comportamento” do PS foi “indigno e inadequado”

Enquanto isso, o presidente da edilidade, André Martins, classificou o “comportamento” do PS de “indigno e inadequado”, sem que estejam em causa “as pessoas e as colectividades indicadas”. “Este tipo de comportamentos, neste caso do Partido Socialista, é o que nós entendemos como politicamente inadequado.

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Naturalmente que nós não estivemos de acordo”, explicou o edil a O SETUBALENSE. Já durante a reunião pública, o autarca frisou que “desde há muitos anos, quando se trata da atribuição das Medalhas Honoríficas a entregar no Dia da Cidade, há uma única proposta que passa pela Câmara Municipal e que reflecte o contributo e as sugestões das várias forças políticas representadas”.

Por considerar que “está em causa a dignidade do próprio órgão da Câmara”, André Martins relembra que pediu “ao chefe de gabinete para contactar o PS e o PSD para haver precisamente uma conversa a este propósito”. “Pedi para que cada um pudesse fazer as suas sugestões. Pensamos que esta atitude não é dignificante nem para o município nem para quem recebe as medalhas. Se for uma proposta conjunta, quando as pessoas recebem a medalha, é dada pela Câmara Municipal, no seu conjunto”, sublinha. Contrariamente, o vereador Fernando José (PS) assegurou que foram “informando nas reuniões de câmara que a proposta iria ser apresentada”. “Assim o fizemos aquando da saudação a Renato Paiva e quando falámos de Ricardo Formosinho. Ficámos a aguardar por um contacto, que nunca existiu”, atacou.

Vão ser agraciados oito “filhos da terra” e uma colectividade centenária

Na reunião pública de quarta- -feira, foi aprovada com seis votos a favor e cinco contra a atribuição de Medalhas Honoríficas a oito “filhos da terra” e a uma colectividade. A Medalha de Honra da Cidade na classe de Desporto vai ser entregue à “velha glória do Vitória FC”, Ricardo Formosinho, assim como “a Paulo Catarino, setubalense de gema e jogador de futebol no activo até aos 50 anos de idade”.

A mesma distinção vai receber Renato Paiva, treinador de futebol que levou o clube equatoriano à vitória, tendo sido depois eleito treinador do ano no Equador, e Sandro Mendes, ex-jogador de futebol e actualmente treinador, reconhecido pela segunda vez pela Câmara de Setúbal. Enquanto isso, Fernando Ferreira, mais conhecido por “Viola”, vai arrecadar a Medalha de Honra da Cidade na classe Associativismo e Sindicalismo.

Já Pedro Lisboa será distinguido na classe de Actividades Culturais pela “sua carreira enquanto intérprete de fado, compositor e autor”. Também Francisco Borba e Fernando Paulino vão receber a Medalha de Honra da Cidade, nas classes Actividades Culturais e Associativismo e Sindicalismo, respectivamente. A colectividade também reconhecida será o Grupo Desportivo Setubalense “Os 13”, à qual vai ser entregue a Medalha de Prata da Cidade “por toda a sua actividade desportiva, cultural e recreativa ao longo de 100 anos”.

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