Federação de Suinicultores exige que António Costa trave extinção das direcções regionais de agricultura

Federação de Suinicultores exige que António Costa trave extinção das direcções regionais de agricultura

Federação de Suinicultores exige que António Costa trave extinção das direcções regionais de agricultura

Carta aberta lembra ao primeiro-ministro que prometeu proteger produtores de gado

A Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores (FPAS) contesta a extinção das direcções regionais de agricultura e pescas decidida em Conselho de Ministros, a 17 de Novembro, e enviou uma carta aberta ao primeiro-ministro onde apela para que esta resolução “seja revertida a bem do País, da economia nacional e dos consumidores portugueses”.

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No documento enviado a 23 de Novembro a António Costa, a associação, que tem sede no Montijo, afirma estar preocupada com a decisão do Conselho de Ministros que “determina o início do processo de transferência e partilha de atribuições dos serviços periféricos da administração directa e indirecta do Estado, para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) na área da agricultura”. Infere a FPAS, que esta determinação implica, “na prática, a extinção das direcções regionais de Agricultura e Pescas”.

A mesma carta aberta, assinada pelo presidente da FPAS, David Neves, a que O SETUBALENSE teve acesso, afirma que a organização está “preocupada face a esta resolução que resultará no ainda maior isolamento dos agricultores e produtores pecuários, no abandono da actividade primária, no afastamento do Ministério da Agricultura ao território e na incapacitação das fileiras agropecuárias”.

A FPAS não tem dúvidas de que esta medida implica o “desmantelamento do Ministério da Agricultura, ignorando ser esta a única área de governação da qual dependem 100% dos portugueses”, mais ainda, manifesta “discordar desta linha de actuação política que apouca, ofende e reduz à mínima expressão a agricultura e os agricultores portugueses”.

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Na missiva enviada a António Costa, a associação relembra que ele próprio em campanha eleitoral, afirmou que “é preciso alimentar o gado, é preciso acarinhar o gado, é preciso tratar bem o gado” e a tomar como lema “não deixar ninguém para trás”. Porém, caso siga a decisão do Conselho de Ministros, demonstra que está “a deixar para trás o gado e quem trata do gado”.

Ou seja, estará a ‘esquecer’ que a agricultura “foi dos poucos sectores que não parou durante, a pandemia, continuando a produzir bens de primeira necessidade para que os portugueses pudessem ficar protegidos na segurança dos seus lares”.

Este é mais um argumento da associação para que o Governo “reverta, a bem da economia nacional e dos consumidores portugueses”, a decisão de “extinguir organismos regionais de importância nuclear para o desenvolvimento rural aumentando o grau de instabilidade de milhares de empresas agrícolas, agricultores e produtores pecuários do País”. Mais ainda num momento em que a agricultura “vive tempos de grande indefinição causada pela seca e pela guerra na Ucrânia”.

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