Estudo de desmonte da rocha em risco de queda na Arrábida avança

Estudo de desmonte da rocha em risco de queda na Arrábida avança

Estudo de desmonte da rocha em risco de queda na Arrábida avança

Presidente da Câmara de Setúbal lamenta a “morosidade do processo” e critica “a forma como a administração central funciona”

Depois de mais de dois anos de espera, o troço entre a praia da Figueirinha e a de Galapos poderá voltar a abrir à circulação rodoviária e pedonal, com a Câmara Municipal de Setúbal a aprovar a celebração de um protocolo para a elaboração do projeto geotécnico destinado à retirada do um rochedo com cerca de mil toneladas que se encontra no local.

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O acordo define os termos da colaboração entre o município, a empresa Secil, que é proprietária do terreno onde se encontra o bloco instável, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Apesar de o problema ocorrer em propriedade privada e inserida numa área protegida, a autarquia decidiu avançar com diligências junto das entidades competentes, alegando razões de segurança. Em reunião pública o presidente da Câmara de Setúbal, André Martins, lamentou “a morosidade do processo” e criticou “a forma como a administração central funciona”, considerando que esta “não salvaguarda os interesses das populações”.

A instabilidade do maciço, situado a cerca de 60 metros da estrada e com um peso estimado em mil toneladas, levou já à interdição de um troço de acesso às praias, medida em vigor desde fevereiro de 2023. 

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No âmbito do protocolo aprovado, compete agora à Secil apresentar um projeto geotécnico, que contempla, numa primeira fase, um estudo prévio de âmbito geológico-geotécnico direcionado para a análise do bloco de rocha e a definição das possíveis soluções.

Na segunda fase será definido o projeto de execução, conforme as conclusões do estudo prévio, nele constando as “especificações técnicas dos elementos necessários para implementar corretamente as soluções que vierem a ser selecionadas, contemplando a estimativa de custos prevista para a empreitada”.

 Neste protocolo a Secil compromete-se a contratar o projeto geotécnico, custeando-o até aos limites de 180 mil euros para a primeira fase e de 100 mil euros para a segunda, e a apresentar os respetivos resultados ao município, à APA e ao ICNF.

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Estas três entidades são responsáveis, no âmbito das suas competências, pela elaboração dos termos de referência relativos à elaboração das peças do projeto geotécnico, incluindo âmbito dos trabalhos, metodologias a empregar, recomendações técnicas e calendário de execução, explica a autarquia em nota de Imprensa.

Este problema foi identificado em fevereiro de 2023 pelo Serviço Municipal de Proteção Civil e Bombeiros de Setúbal, que, no âmbito da ação de vigilância, detetou um bloco de rocha de grandes dimensões com indícios de instabilidade e uma extensa fissura de afastamento, sobre a Rua Círio da Arrábida, a seguir à Praia da Figueirinha.

Estando atualmente sob gestão da autarquia sadina, esta é uma via de acesso às praias do Parque Natural da Arrábida, na qual, particularmente no decorrer da época balnear, se regista uma “forte pressão ao nível da circulação de veículos e pessoas”.

Tendo em conta a informação disponível e a análise do risco, o município determinou na altura a interdição total da circulação na Rua Círio da Arrábida entre as praias da Figueirinha de Galapos, de forma a garantir a segurança de pessoas e bens, situação que se mantém, assegura a autarquia na mesma nota.

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