Estudantes usaram caso prático da UE onde se identificam cerca de 84 milhões de pessoas com perturbações desta natureza
Estudantes da Finlândia, Roménia e Estónia rumaram até ao campus do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) para explorar o tema “Criando abordagens digitais para um acesso equitativo ao apoio em saúde mental”. Coordenado pela Escola Superior de Saúde (ESS/IPS) o evento fez parte de mais um Blended Intensive Programme (BIP), contando-se como o terceiro já organizado pela instituição.
Este traduz-se como um curso intensivo e prático que, neste caso, incidiu sobre a temática da saúde mental com foco na realidade europeia, território onde o número de pessoas com perturbações desta natureza é próximo aos 84 milhões. Com este sentido, e intenção de colocar “pessoas reais e as suas necessidades no centro do processo de resolução de problemas”, como explica o comunicado do IPS, o curso contou com parcerias da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM), a Oulu University of Applied Sciences (Finlândia), a Bacau University (Roménia), a Tallin School of Health (Estónia), e a Escola Superior de Saúde Norte da Cruz Vermelha Portuguesa.
No total foram 30 os alunos que integraram o projecto e que usaram a Human Centered Design e o Design Thinking como estratégias educativas. Os BIP caracterizam-se como cursos intensivos de “carácter interdisciplinar e multicultural” e permitem “não só aprofundar conhecimento sobre temas específicos, com a ajuda de peritos nacionais e internacionais, como também desenvolver nos estudantes competências linguísticas e de comunicação interpessoal em ambiente profissional internacional, para além de fornecerem uma compreensão aprofundada dos sistemas de saúde e protecção social dos países envolvidos”, explica Madalena Gomes da Silva, subdirectora e coordenadora de mobilidade internacional da ESS/IPS.
Já para os ‘alunos da casa’ estas mostram-se como “oportunidades de internacionalização a estudantes do IPS que, de outra forma, não poderiam fazê-lo, uma vez que não há custos envolvidos”.