26 Junho 2024, Quarta-feira

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Entregue petição com 8 mil assinaturas pela inclusão do percurso fluvial Setúbal/Troia no passe Navegante

Entregue petição com 8 mil assinaturas pela inclusão do percurso fluvial Setúbal/Troia no passe Navegante

Entregue petição com 8 mil assinaturas pela inclusão do percurso fluvial Setúbal/Troia no passe Navegante

“A adesão dos setubalenses e de muitas outras pessoas da região ultrapassou as nossas melhores expectativas”, sublinhou Fernando Pinho

 

Uma petição com mais de 8.000 assinaturas a pedir a inclusão do transporte fluvial de passageiros entre Setúbal e Troia no passe Navegante foi hoje entregue na Assembleia da República, confirmou à agência Lusa o primeiro subscritor, Fernando Pinho.

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“A petição já estava no meu programa eleitoral quando concorri à Câmara de Setúbal, com o objectivo de que o passe Navegante fosse extensível aos setubalenses que vão para Troia, para a sua praia de eleição, que sempre o foi”, disse à agência Lusa Fernando Pinho, cabeça de lista do BE à Câmara Municipal de Setúbal nas eleições autárquicas de Setembro de 2021.

“A adesão dos setubalenses e de muitas outras pessoas da região ultrapassou as nossas melhores expectativas”, sublinhou Fernando Pinho, reconhecendo que a petição contou com o apoio de pessoas de diversas áreas políticas e não apenas de apoiantes do BE.

A deputada do BE eleita por Setúbal, Joana Mortágua, também reconhece que a iniciativa teve uma grande adesão da população, “porque as praias de Troia sempre foram uma alternativa para muitas famílias de trabalhadores que não têm possibilidades de se deslocar para o Algarve ou para outros destinos mais longínquos”.

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“Nós já sabemos que parte dessas praias e dessa costa [alentejana) acabará por ser de alguma forma privatizada, com os vários resorts de luxo que estão a ser planeados para Troia”, disse.

“E o crescente preço do transporte fluvial – que é a maneira mais simples e rápida de chegar a Troia a partir de Setúbal – é também uma forma de privatização, porque é muito difícil uma família trabalhadora pagar quase 100 euros por mês de passe para ir à praia, ou pagar quase 10 euros de bilhete individual”, sublinhou.

Para Joana Mortágua, os preços praticados pela concessionária daquele serviço, a empresa Atlantic Ferries, do grupo Sonae, é mais “uma forma de elitização da praia, de dizer que nesta praia não queremos trabalhadores”.

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“No troço entre Troia e Melides, nós (BE) visitámos empreendimentos em que o preço base de um lote são 4 milhões de euros, não construído. Portanto, aquilo não é sequer para os ricos portugueses, é para o ultra rico estrangeiro, que chega de helicóptero, não vai aos restaurantes da região, não vai às lojas da região. Entra e sai de helicóptero do seu ‘resort’ de luxo, usufruindo de uma praia exclusiva que foi expropriada ao povo”, disse.

“O que nós queremos é que o povo possa aceder às praias que sempre foram suas. E isso faz-se lutando contra estes megaempreendimentos, que destroem e privatizam zonas naturais e de frequência popular, e faz-se permitindo o acesso. Uma das maneiras de se fazer esse acesso, mais prática, mais barata e mais utilizada pelos trabalhadores, é através do barco. E é isso que queremos garantir que se inclui no passe social”, frisou Joana Mortágua.

Questionada pela agência Lusa, a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) informou que o contrato de concessão com a empresa Atlantic Ferries foi assinado em 14 de Fevereiro de 2005, por um período de 15 anos, e que, entretanto, esse contrato já foi prorrogado por mais cinco anos, até 2025.

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