10 Agosto 2024, Sábado

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Encerramento da Rua Arronches Junqueiro dificulta prestação de cuidados médicos a munícipe

Encerramento da Rua Arronches Junqueiro dificulta prestação de cuidados médicos a munícipe

Encerramento da Rua Arronches Junqueiro dificulta prestação de cuidados médicos a munícipe

Interdição, aliada aos estreitos arruamentos e desconhecimento da zona, impedem acesso de ambulância ao local

 

O encerramento da Rua Arronches Junqueiro à circulação automóvel, aliado aos estreitos arruamentos do centro da cidade de Setúbal, dificultaram o acesso de uma ambulância ao local na passada quinta-feira, dia 15, para a prestação de cuidados médicos a um munícipe.

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O veículo, proveniente da freguesia de Canha, no Montijo, acabou também por não conseguir aceder à via, encerrada ao trânsito por pilaretes, pela falta de conhecimento da zona por parte da equipa de socorro.

A decisão de interditar a rua aos carros, tomada pela Câmara Municipal de Setúbal, tem provocado alguma controvérsia entre moradores e comerciantes locais.

O facto de a ambulância não ter circulado pelo caminho fechado instaurou a dúvida na população sobre se esta situação se deveu ao impedimento do acesso à Arronches Junqueiro.

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Apesar de já se terem vivido situações semelhantes, algumas equipas de socorro têm na sua posse ‘chaves-tipo’, que permitem o acesso à entrada, ao desprenderem os pilaretes.

Contactada Eugénia Silveira, vereadora das Actividades Económicas da autarquia sadina, sobre o sucedido, a autarca explicou a O SETUBALENSE não poder confirmar a posse de chaves-tipo por todas as equipas de socorro da cidade.

Segundo explicou Laura Firme, esposa do homem que foi assistido e dona do restaurante “A Faca”, a O SETUBALENSE, aconteceram já diversas ocasiões em que “as ambulâncias não tinham a chave-tipo para entrar”.

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Em seguida, Sandra Firme, filha do casal, admitiu que é contra o fecho da rua, principalmente durante a noite, pelo receio que tem de poder vir a acontecer algum incidente e até pela sua própria segurança.

Pilaretes substituídos por baia de segurança após incidente

Após o acontecimento da passada quinta-feira, os pilaretes foram retirados e substituídos por uma baia de segurança, colocados no Largo Defensores da República.

Esta barreira será o ponto de impedimento da passagem do trânsito nas próximas duas semanas, altura em que a edilidade vai reunir-se novamente com os comerciantes.

Os pilaretes foram instalados no local pela Câmara Municipal a 10 de Junho, após solicitação de alguns munícipes, com o objectivo de impedir o trânsito rodoviário, transformando a rua numa zona exclusivamente pedonal.

Após tomada esta decisão, o município nomeou três responsáveis e distribuiu entre eles chaves-tipo, com o intuito de não prejudicar a actividade laboral da zona.

Também à Socorros Mútuos Setubalense foram entregues chaves-tipo, porque esta associação, dedicada ao auxílio e prestação de serviços sociais e de saúde à população idosa, acompanha vários seniores da zona, referiu Eugénia Silveira.

Joana Conceição é uma das comerciantes locais a quem foi entregue uma chave. “Todos os dias”, garante, abre os pilaretes “das 08 às 11 horas, apenas para cargas e descargas”. “Sou uma das [pessoas] que é a favor dos veículos deixarem de atravessar a rua”, confessa.

Já Miguel Agostinho, proprietário do estabelecimento “Adega dos Garrafões”, afirma ser da mesma opinião. A O SETUBALENSE, disse considerar o fecho da rua “uma grande ideia, porque dá mais vida e animação à via e é isso que se quer”.

É igualmente a favor da interdição Eugénia de Almeida, também comerciante local, admitindo fazer parte do grupo que entrou em contacto com a Câmara Municipal para fazer cumprir o trânsito proibido na Arronches Junqueiro.

“Só se ganha com isto. No meu caso, notei uma diferença no fluxo de pessoas, que teve reflexo nas vendas e na minha capacidade de aguentar esta fase”, esclareceu.

Esta é uma medida apoiada por diversos munícipes, que desenvolvem o seu negócio na zona. Entre os lojistas abordados, muitos expressaram alívio e agrado à decisão tomada, uma vez que esta, explicam, reflecte-se também na segurança dos pedestres que passam e frequentam a zona histórica.

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