EB 2,3 de Azeitão aguarda obras mas autarquia não sabe como nem quando

EB 2,3 de Azeitão aguarda obras mas autarquia não sabe como nem quando

EB 2,3 de Azeitão aguarda obras mas autarquia não sabe como nem quando

Escola tem carências já identificadas e reconhecidas pelo Governo, que a colocou, em Julho, numa lista de escolas prioritárias

 

A Escola Básica 2,3 de Azeitão está identificada pela Câmara de Setúbal como a necessitar de um conjunto de intervenções a serem realizada pelo Governo. Foi o que disse a vereadora Carla Guerreiro, responsável pela área da Educação no município, durante visita a este estabelecimento de ensino.

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“Esta escola tem carências muito grandes já identificadas e reconhecidas pelo Governo, que a colocou, em Julho, numa lista de escolas prioritárias”, e mais do que isto, diz a autarca:

“Nada mais sabemos”. “Nem quando a obra avança, nem que tipo de intervenção está prevista”. E seria este calendário e tipo de obra que a vereadora e a presidente da Junta de Freguesia de Azeitão, Sónia Paulo, que acompanhou a visita, e associações de pais do Agrupamento de Escolas de Azeitão queriam saber quando convidaram o Ministério da Educação para esta visita, “mas não obtiveram resposta”, afirma a autarquia em nota de Imprensa onde cita Carla Guerreiro.

“Tínhamos esperança de que alguém da parte do Ministério viesse para apreciar a situação e dar alguma indicação sobre o que está previsto. Mas não sabemos o que se passou, pois não houve resposta e não participaram na visita”, disse a vice-presidente da autarquia.

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Entretanto, a autarca afirmou perante a directora do agrupamento e os pais presentes, que a Câmara “poderá, eventualmente, assumir a responsabilidade da execução da obra de requalificação da escola, mediante a transferência da verba necessária, no âmbito de uma parceria a realizar entre as duas entidades, como a que permitiu o avanço da construção da Unidade de Saúde Familiar de Azeitão”. Um investimento que calcula em cerca de “quatro a cinco milhões de euros”.

A circunstância actual é os alunos “não terem um pavilhão gimnodesportivo, terem aulas em salas de madeira, com infiltrações, e sem sistema de climatização, persianas e paredes esburacadas e pavimentos danificados”, elenca a autarquia.

Além de uma requalificação profunda, sublinhou Clara Félix, directora do agrupamento, “a escola precisa de uma ampliação, porque o actual número de salas não é suficiente e o número de alunos está a crescer”.

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André Martins lembra transferência da Educação

Entretanto, na mesma quarta-feira, o presidente da Câmara de Setúbal, André Martins, esteve na Recepção à Comunidade Educativa, organizada pela autarquia, no Forte de Albarquel, que contou com a presença de vereadores, os presidentes das juntas de freguesia do concelho, directores de escolas e de agrupamentos, professores e outros funcionários dos estabelecimentos lectivos.

No seu discurso, o presidente (CDU) disse que a transferência de competências no domínio da Educação para os órgãos municipais significou, para a Câmara de Setúbal, “a integração de 536 assistentes técnicos e operacionais” e a responsabilidade pela “conservação e manutenção de mais sete escolas”, pela “gestão de fornecimentos e serviços externos” e pela “expansão do serviço de fornecimento de refeições em mais dez escolas”.

Ao mesmo tempo lembrou que, “desde o início”, o processo de transferência de competências “causou as maiores reservas” aos responsáveis do município, devido às “escassas transferências de meios financeiros para suportar as responsabilidades” que foram “forçados a aceitar”, e destacou o “aturado trabalho de preparação” feito pela autarquia na preparação do novo ano escolar.

Os serviços municipais foram adaptados e reforçados com “mais recursos humanos” para responderem à “nova realidade”, tendo sido criadas condições para “assegurar os apoios e complementos educativos na acção social escolar, nos refeitórios escolares, no programa leite escolar, na escola a tempo inteiro, nas actividades de enriquecimento curricular, nos transportes escolares e na educação inclusiva”.

O presidente recordou ainda que a autarquia assumiu os “fornecimentos de serviços externos de água, electricidade, combustíveis, comunicações, serviços e produtos de higiene e limpeza e material de escritório”, além de ter promovido a realização de “pequenas obras e reparações” nas sete escolas transferidas pelo Estado.

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