DORS do PCP afirma que “falsa ideia de que Setúbal estava parada” prejudicou a CDU

DORS do PCP afirma que “falsa ideia de que Setúbal estava parada” prejudicou a CDU

DORS do PCP afirma que “falsa ideia de que Setúbal estava parada” prejudicou a CDU

João Frazão elogia o trabalho deixado no concelho, mas entende que na região resultados são “animadores”

O responsável pela Organização Regional de Setúbal (DORS) do PCP considera que “a falsa ideia de que Setúbal estava parada”, dada pela candidatura de Maria das Dores Meira, foi um dos fatores que levaram à perda de força da CDU no concelho.

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João Frazão destaca o trabalho deixado pela CDU nos últimos 23 anos, em especial o projeto de André Martins, mas entende que um dos fatores que levou a que a coligação perdesse a presidência da câmara tem que ver com “manipulação”.

“A CDU tem, no concelho de Setúbal, uma obra notável e nestes quatro anos do presidente André Martins, tem um trabalho muito de valor. Convergiram diversos elementos, nomeadamente uma candidatura que começou por ser anunciada como independente, e se tornou apenas a candidatura do PSD e do CDS, uma candidatura de alguém que já foi câmara CDU, uma candidatura assente, em larga medida, na manipulação, numa falsa ideia de que Setúbal estava parada e, portanto, uma nova conjugação de forças”.

Além disto, e em declarações a O SETUBALENSE, o responsável pelos comunistas na Península de Setúbal destaca que esta é “uma autarquia que, ao longo deste tempo todo, se confrontou com dificuldades” e como uma das principais medidas lembra a “reintrodução da água na gestão pública, não apenas recuperando a gestão pública, mas, inclusivamente, baixando o preço da água”.

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Outro fator prende-se com “novas exigências que estão colocadas às autarquias, com a transferência forçada de competências, nas áreas da habitação, da saúde, da ação social, sem meios para responder ao conjunto das exigências, com as populações a responsabilizarem mais as autarquias por aquilo que devem ou não devem fazer, e uma confusão que é muito maior entre aquilo que é da responsabilidade do Poder Local e aquilo que é do Poder Central”.

A promoção de “forças reacionárias” é, também, uma ‘pedra no sapato’. “Há, entretanto, uma evolução que é negativa na consciência das populações, em que pesa muito particularmente a promoção das forças reacionárias, elas são promovidas até à exaustão, em particular a partir dos grandes órgãos de comunicação social e particularmente das televisões, há uma ofensiva no preconceito anticomunista, que foi tendo re§exos ao longo do tempo”.

A CDU fica, em Setúbal, com a presidência de duas juntas de freguesia, e perde quatro eleitos na câmara municipal, mas estão de consciência tranquila quanto à campanha e o trabalho deixado pelos autarcas. “Em Setúbal temos a consciência de ter cumprido relativamente à obra que fizemos na câmara municipal, ter cumprido relativamente a ação dos eleitos e agora a ação dos candidatos, ter cumprido a campanha eleitoral que fizemos, que não teve o resultado que gostávamos”.

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Coligação perdeu eleitos, mas há “resultados animadores”

O responsável pelas DORS do PCP considera que apesar da perda de eleitos e câmaras municipais a CDU subiu em número de votos e conseguiu não só consolidar resultados, mas também reafirmar-se como uma “grande força do poder local”.

“A CDU teve um resultado que não é positivo, um resultado que, não obstante a manutenção de três câmaras municipais – de Palmela, Seixal e Sesimbra –, em Palmela e no Seixal, com crescimentos de votações, com 10 freguesias na nossa região, incluindo a reconquista da freguesia da Baixa da Banheira e do Vale da Moreira, e com eleitos municipais da assembleia de todos os concelhos da região. Este resultado não é positivo, ainda que confirme a CDU como uma grande força do poder local na nossa região”.

Dá o exemplo do Seixal onde “os resultados são muito animadores” e, apesar de perder um vereador – “por uma nova reorganização de forças entre as forças políticas” – houve um “aumento de quase 15% da massa eleitoral”.

Questionado sobre se a coligação tem intenções de fazer acordos com outras forças políticas o responsável pelos comunistas diz que a coligação vai estar disponível para trabalhar com quem queira servir os interesses das populações.

“A CDU tem um projeto autárquico único, distintivo de todas as outras forças políticas, e queremos concretizá-lo. Consideramos que as forças que não ganham as eleições devem respeitar os resultados eleitorais e permitir que as autarquias assumam a obra e concretizem o seu projeto. Isso inclui a participação de todos aqueles que queiram intervir em defesa das populações, que queiram intervir na gestão pública de recursos, intervir a favor das populações, todos aqueles que queiram intervir para pôr a participar o movimento associativo, para valorizar os trabalhadores, e todos que queiram intervir de forma séria, honesta, transparente. Nestas eleições há partidos que não se encaixam neste projeto, portanto, aqueles que não se encaixam neste projeto incluir no nosso trabalho autárquico, com os outros, estamos disponíveis para conversar”.

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