Ex-presidente acusa adversários políticos de engendrar um ataque “vil e covarde” e manchar o seu nome
“Quem não se sente não é filho de boa gente”. É assim que começa a resposta de Maria das Dores Meira à notícia publicada ontem pelo jornal Público. A antiga presidente, que em Julho anunciou a intenção de se candidatar como independente à Câmara Municipal de Setúbal nas próximas eleições autárquicas (2025), refere que este é um ataque “vil e covarde” vindo dos seus adversários políticos.
Em comunicado enviado à redacção de O SETUBALENSE e posteriormente publicado na sua página da rede social Facebook dá garantias sobre as deslocações dentro e fora do País, e adianta que os cartões bancários, além de estarem à sua própria disposição, estavam também disponíveis para outros trabalhadores e membros da autarquia.
“Viajei oficialmente, sempre acompanhada, e em representação de Setúbal, particularmente quando tínhamos a presidência do Clube das Mais Belas Baías do Mundo – que tanto prestígio e turismo trouxe à nossa terra; os cartões eram de uso partilhado entre vereadores, chefias e técnicos, não de meu uso pessoal, e eram utilizados para resolver situações urgentes para que Setúbal não ficasse estagnada”.
Quanto à utilização do seu carro pessoal para deslocações, assume que fez uso deste recurso sempre que foi necessário, tendo em conta vários factores. “Utilizei o meu carro pessoal, ao longo dos quinze anos à frente da autarquia, sempre que fez sentido do ponto de vista de gestão de pessoas, de tempo e de recursos. Tudo devidamente documentado, numa Câmara Municipal que foi palco de várias vistorias e auditorias durante a minha presidência”.
Garantindo que não vai sujar as mãos “com este tipo de jogadas obscuras” acusa os seus adversários políticos de promover uma “campanha suja” com a partilha anónima de documentos.
“A fórmula é evidente: faz-se uma denuncia anónima sobre a minha pessoa, onde são partilhados documentos fora de contexto e sem documentação de suporte, para ser aberto um inquérito. Envia-se, também de forma anónima, os tais «documentos» para os jornais. Lança-se a suspeita e abre-se caminho à especulação em praça pública. O objectivo? Manchar o meu nome e condicionar-me”, escreve na sua resposta.
Dores Meira deixa nas mãos dos setubalenses e azeitonenses a tarefa de distinguir “de quem tem o propósito de construir e trazer de volta a dinâmica de progresso que a nossa terra merece”.
O SETUBALENSE contactou Maria das Dores Meira para a questionar sobre as matérias em causa mas a ex-presidente optou por responder por escrito.