Construção e uma nova rotunda e criação de mais de uma centena de lugares de estacionamento
A zona do Bairro do Liceu vai ser alvo de requalificação urbana e de melhoria da mobilidade na Avenida de Moçambique.
O dossier de obra inclui a construção e uma nova rotunda e a criação de mais de uma centena de lugares de estacionamento em toda a extensão da Avenida de Moçambique, maioritariamente transversais. Vão ser ainda definidas áreas de paragem para autocarros, realizadas intervenções na rede de drenagem pluvial e a iluminação pública será reforçada.
A intervenção inclui ainda a melhoria da circulação pedonal, com a requalificação e alargamento de passeios, beneficiação e criação de passagens para peões. A mobilidade sustentável vai ser reforçada com uma ciclovia que fica ligada a troços cicláveis na Avenida Dr. António Rodrigues Manito e nas imediações do Parque Urbano da Várzea.
Segundo explica a Câmara de Setúbal, esta requalificação da Avenida de Moçambique está enquadrada na estratégia de beneficiação urbana e de mobilidade definida pela autarquia para aquele eixo estruturante da cidade, em que se inclui a obra em curso na Rua Engenheiro Henrique Cabeçadas e a já reabilitada Avenida dos Ciprestes.
“Esta é uma obra que já estava programada, que está atrasada, e que podemos correr o risco de termos de pagar o excedente do prazo, uma vez que tem financiamento comunitário”, comentou a presidente da Câmara Municipal, Maria das Dores Meira, que na passada quarta-feira, acompanhada do vereador das Obras Municipais, Bruno Russo, e de técnicos de serviços camarários, esteve numa sessão de esclarecimento com munícipes da zona do Bairro do Liceu para sanar dúvidas sobre o projeto, designadamente sobre a criação da nova rotunda.
Na altura, a autarca vincou a importância de se avançar “o mais rápido possível” com o projeto qualificador “que traz maior e melhor mobilidade” àquela zona da cidade.
Com esta nova rotunda na ligação entre as avenidas de Moçambique e Dr. António Rodrigues Manieto, é eliminado o entroncamento atual semaforizado e otimizada a fluidez de tráfego naquela zona da cidade.
A presidente Maria das Dores Meira reforçou que a nova rotunda se enquadra numa ótica de incremento da mobilidade num eixo estruturante, que ganhará mais preponderância com a aposta no reforço dos transportes públicos, sobretudo a partir do Terminal da Várzea, e com a entrada em funcionamento do Centro Escolar Barbosa du Bocage.
De lembrar que a criação deste novo nó giratório é uma das soluções que mais dúvidas suscitou nos munícipes, designadamente ao nível de funcionalidade rodoviária, mas também pela necessidade de ocupação do espaço público para a construção da infraestrutura, com ajustes na arborização e no estacionamento.
Segundo o vereador Bruno Russo esta “é uma obra de grande desenvolvimento” para a zona e clarificou que “não vai haver perda de lugares com a construção da rotunda”, ficando a Avenida de Moçambique, em toda a extensão, com “117 lugares de parqueamento”, quando atualmente tem 115 lugares.
Entretanto, Maria das Dores Meira afirmou estar disponível para voltar a reunir com moradores daquela zona da cidade para, em conjunto, estudar soluções e ajustar pequenas intervenções no âmbito daquela obra, com o objetivo de responder às necessidades das populações.
O projeto de requalificação da Avenida de Moçambique, orçado em cerca de 600 mil euros, inclui a requalificação de infraestruturas e pavimentos no arruamento, designadamente entre a Avenida Dr. António Rodrigues Manito e a Rua Engenheiro Henrique Cabeçadas.