Dores Meira acusa Fernando José de ser “mentor” das queixas ao Ministério Público

Dores Meira acusa Fernando José de ser “mentor” das queixas ao Ministério Público

Dores Meira acusa Fernando José de ser “mentor” das queixas ao Ministério Público

Candidata independente diz que socialista “não tem carácter” e destaca “perseguição política pura e dura” feita pelo PS e CDU

Os candidatos à Câmara Municipal de Setúbal estiveram num debate que foi dominado pela investigação feita pelo Ministério Público ao último mandato de Maria das Dores Meira, entre 2017 e 2021. Neste confronto a candidata independente acusou Fernando José, cabeça de lista do PS, de ser o “mentor” das queixas feitas ao Ministério Público, e de estar a ser alvo de uma “perseguição política pura e dura” feita em “conluio” pelos socialistas e pela CDU.

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A TSF recebeu esta segunda-feira, para um debate relativo às autárquicas, os candidatos André Martins (CDU), Fernando José (PS), Dores Meira (independente com apoio do PSD), e António Cachaço (Chega). Neste confronto, conduzido pela jornalista Inês Baptista, um dos temas mais geradores de confrontos diretos foi a investigação ao último mandato de Dores Meira, na altura autarca da CDU.

A candidata independente, agora apoiada pelo PSD, começou a sua intervenção por destacar que tem vindo a ser alvo de uma “perseguição política pura e dura”, de quem é “incapaz de no futuro se propor a uma governação porque seria desastrosa”, de quem “já esteve no município e deixou o município em bancarrota” e de quem “deve um pedido de desculpas aos setubalenses”.

A ex-autarca destacou que Fernando José disse no último debate que tinha tido conhecimento da investigação pela comunicação social, acusando-o de estar a mentir. “Fernando José foi um dos mentores de todas as queixas que possivelmente estarão nos processos. Fernando José mente, não tem carácter. Está aqui plasmado a perseguição que, em conluio a CDU com o PS, fizeram à minha pessoa”, acrescentou.

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Relativamente à possibilidade de ser constituída arguida após vencer as eleições, Dores Meira garantiu que permaneceria à frente do município. Quanto ao cenário de uma possível acusação, diz que “logo se vê”.

Antes de ser acusado por Dores Meira, Fernando José afirmou que os vereadores socialistas foram “surpreendidos” com uma reportagem do jornal Público, em 2024, depois com dados sobre a utilização de cartões de crédito, que já eram do seu conhecimento, e depois uma reportagem da SIC, que veio “acrescentar novos dados”.

Candidato do PS garante que apenas cumpriu o “dever de um agente público”

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Já em defesa às acusações de Dores Meira, o candidato do PS refutou de imediato a acusação de falta de carácter. Em relação a ter sido apontado como “mentor” das queixas ao Ministério Público, esclareceu que “o dever de um agente público é, quando tem conhecimento de possíveis ilegalidades num organismo público, é de fazer essa participação”, diferenciado que não foi uma queixa, mas sim uma participação.

“Os vereadores do PS, em 2023, fizeram uma participação no Ministério Público, tal como fizeram também os vereadores do PSD. Aquilo que eu disse é que fomos surpreendidos com a reportagem do jornal Público, com documentos que foram vazados na comunicação social que nós não tínhamos conhecimento”, referiu. O autarca assegurou ainda que não existe um “coluio” com a CDU, destacando que o partido socialista apenas pretende o “apuramento da verdade”.

De acordo com a notícia avançada pelo jornal Público neste sábado, os vereadores socialistas apresentaram várias denúncias ao Ministério Público. Uma delas é se foi a autarquia a pagar as viagens efetuadas pela comitiva de Dores Meira no comboio-bala japonês, questionando também parte dos gastos efetuados numa outra deslocação a Nova lorque. Nessas denúncias feitas pelo PS, os socialistas duvidam também da necessidade de a autarca ter efetuado levantamentos em numerário com os cartões de crédito quando estava em Setúbal.

Também André Martins comentou este caso, relativamente ao resultado da auditoria a Maria das Dores Meira ser conhecido a cerca de um mês das eleições autárquicas, tendo garantido que não tem “por missão resolver ou procurar resolver problemas que são da justiça”, explicando que quando estas questões foram levantadas, os serviços municipais deram resposta a todas as questões que foram colocadas, fazendo com que toda a informação que chega à autarquia seja encaminhada para as entidades competentes, designadamente a Polícia Judiciária, o Ministério Público, a Inspeção Geral de Finanças e também o Tribunal de Contas.

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