Há muitos voluntários inscritos, mas o apelo é para que mais pessoas possam ajudar no evento que decorre na primeira semana de Agosto
Há falta de famílias de acolhimento para receber os peregrinos que se deslocam a Portugal no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). É esta a conclusão de João Marques, coordenador do Comité Organizador da JMJ da Diocese de Setúbal, que admite ainda que o processo de inscrição de voluntários está mais favorável, apesar de ser esperado um número maior.
“No que diz respeito aos voluntários, o processo já está um bocadinho mais avançado, já temos um grupo mais consistente, era preferível que tivéssemos um pouco mais, mas as paróquias estão a trabalhar nesse sentido. No que diz respeito às famílias de acolhimento ainda estamos um pouco aquém daquilo que precisamos para acolher todos estes peregrinos que vêm”.
Assim, a organização tem levado os apelos a outras entidades no sentido de procurar por mais famílias, justificando que as jornadas não podem apenas centrar-se na Igreja. “Temos vindo a aumentar os pedidos de divulgação a todas as entidades para que nos ajudem também neste processo, porque fazer esta divulgação só dentro da estrutura da Igreja não é suficiente. As jornadas têm de ir também para além das portas da Igreja”, explica João Marques.
Questionado pela Popular FM sobre os motivos que podem levar a esta carência o coordenador do comité da Diocese de Setúbal identifica duas questões mais levantadas pelas famílias. “Uma das razões que nós identificámos é algum receio que as famílias possam ter em acolher nas suas casas pessoas desconhecidas, nós compreendemos completamente esta dificuldade e receio. Também o facto de ser a primeira semana de Agosto em que muitas famílias estão de férias, daí a nossa necessidade de divulgação e de desmistificar um pouco o que é este acolhimento em casa”.
Sublinha que os fiéis passarão grande parte do tempo fora das habitações em actividades, pede-se às famílias um local onde estes possam pernoitar, fazer a sua higiene e tomar o pequeno-almoço.
“Aquilo que se pede às famílias é que tenham um espaço onde estes peregrinos possam pernoitar, que não tem de ser uma cama ou um colchão, pode ser um espaço no chão onde o peregrino possa estender o seu saco-cama. Também um espaço onde possa fazer a sua higiene pessoal, e tomar o pequeno-almoço”, apela.
Sobre a mobilidade dos devotos João Marques diz que é um trabalho feito “centralmente pelo comité organizador local, que mediante um plano de mobilidade que o Governo elaborou, e foi apresentado no início deste mês”, trata destas questões com as operadoras de transportes.