Debate sobre Cultura afirma o sector como eixo central da sociedade

Debate sobre Cultura afirma o sector como eixo central da sociedade

Debate sobre Cultura afirma o sector como eixo central da sociedade

O debate reuniu eleitos do poder local, programadores e agentes culturais da Região de Setúbal e Alentejo

 

A promoção da Cultura e o apoio aos agentes e trabalhadores do sector, assim como a preservação e valorização da identidade regional, estiveram na primeira linha de um debate promovido pela Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS) que decorreu na passada sexta-feira no Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal.

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Com o “Encontro Cultura – Região de Setúbal” a abrir, por sugestão de Sofia Martins, secretária-geral da AMRS, com um minuto de silêncio seguido de aplausos em homenagem a Cândido Ferreira, actor e encenador, fundador da companhia de teatro “O Bando”, que morreu na última quarta-feira, aos 71 anos, vítima de cancro, o vereador da Cultura da Câmara do município sadino, Pedro Pina, deu início às intervenções apontando que estes debates “não devem ser vistos apenas como um momento, mas sim como “uma possibilidade de afirmar a Cultura como eixo central de afirmação de um território e da sociedade”.

Quanto à Câmara de Setúbal, diz o vereador que a sua gestão olha para a Cultura como um eixo de desenvolvimento local, pelo que se tem esforçado para apoiar os agentes, programadores culturais e trabalhadores da Cultura, principalmente nestes últimos tempos que não têm sido fáceis para o sector.

A importância destes debates sobre a Cultura foi também destacada por Rui Garcia, presidente da Câmara Municipal da Moita e do Conselho Directivo da Associação de Municípios da Região de Setúbal, e citou Bento Jesus Caraça: “O homem culto é aquele que sabe o seu lugar na sociedade e nos cosmos”.

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Tal como o vereador da Cultura do município de Setúbal, também Rui Garcia assinalou as dificuldades que o sector cultural passou na região, referindo que “os problemas que existiam antes da pandemia vão possivelmente continuar coexistindo com tantos outros nascidos por causa do período pandémico”.

Aproveitou ainda para destacar o trabalho feito pela AMRS e os municípios que a compõem para que a Cultura seja um “factor de coesão territorial”.

Apesar deste trabalho, está preocupado com a atenção que o Estado dá à Cultura que, segundo o mesmo, tem ainda “lacunas graves”, e deixou o apelo para que se “olhe para o sector cultural, efectivamente, como um factor de desenvolvimento social”.

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Sugeriu ainda que “é preciso pensar como se intervém na Cultura, não na perspectiva dirigista, mas como as autarquias e o Estado, em geral, podem promover a democratização da cultura”.

As restantes intervenções, independentemente das funções ou área cultural de cada orador, tiveram uma narrativa comum de que a Cultura é um elemento essencial no quotidiano de uma sociedade democrática; nas palavras da actriz e encenadora, Maria João Luís, um dos oradores, “um farol”.

Por sua vez Augusto Flor – presidente da Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto (CPCCRD), afirmou que as mais de 30 mil entidades que representa, entre associações e colectividades, “têm tido um papel importante no acesso à cultura”, já que as mesmas promovem iniciativas ou o acesso a todas as manifestações culturais possíveis.

Contudo, Augusto Flor afirma que, no que toca a políticas culturais, os agentes políticos e públicos “esquecem-se, frequentemente, da cultura popular e tradicional e que o principal parceiro da CPCCRD é o poder local, mais concretamente as autarquias”.

Para a Associação de Municípios este encontro “assenta na necessidade de uma constante reflexão e aprofundamento sobre a Cultura e o trabalho na área Cultural na nossa região”, destacando a Cultura como “elemento determinante para o desenvolvimento das populações”. A AMRS assinala também “o apoio à produção cultural, aos agentes culturais e ao movimento associativo; a preservação e a valorização da nossa identidade num quadro de globalização”.

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