14 Agosto 2024, Quarta-feira

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Comissão de utentes de Sesimbra considera “inaceitável” situação das urgências no distrito de Setúbal

Comissão de utentes de Sesimbra considera “inaceitável” situação das urgências no distrito de Setúbal

Comissão de utentes de Sesimbra considera “inaceitável” situação das urgências no distrito de Setúbal

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Comissão alerta para os riscos graves que esta situação acarreta para a segurança de grávidas e bebés

A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Sesimbra disse hoje ser “inaceitável” o encerramento das urgências de ginecologia e obstetrícia na região de Setúbal, considerando que põe em causa a segurança de grávidas e bebés.

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De acordo com a informação publicada no Portal do SNS (Serviço Nacional de Saúde), às 09:00, estão fechadas cinco urgências de Ginecologia e Obstetrícia na região de Lisboa e Vale do Tejo, nomeadamente do Hospital de São Bernardo, em Setúbal, Hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, Hospital de Garcia de Orta, em Almada, Hospital São Francisco Xavier e Hospital Santa Maria (Obstetrícia), ambos em Lisboa.

Segundo a mesma informação, encontra-se encerrada a Urgência de Pediatria do Hospital Nossa Senhora do Rosário.

A Península de Setúbal tem três hospitais: São Bernardo, em Setúbal, Garcia de Orta, em Almada, e Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, unidades que servem nove concelhos do distrito de Setúbal (Almada, Setúbal, Seixal, Sesimbra, Palmela, Montijo, Moita, Barreiro e Alcochete), com um total de 808.689 residentes nos Censos de 2021.

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Em comunicado divulgado na rede social Facebook, a comissão de utentes de Sesimbra exige a reabertura imediata das urgências no distrito considerando a situação “inaceitável”, pondo “em causa a segurança das grávidas e bebés que se veem forçadas a recorrer aos hospitais da Área Metropolitana Norte de Lisboa, muitos destes também com grandes constrangimentos”.

“É essencial investir no SNS, nos seus profissionais, na construção de centros de saúde e hospitais, na rápida construção do Hospital no Seixal com pelo menos 300 camas e todas as especialidades médicas essenciais para responder aos concelhos de Sesimbra e do Seixal”, adianta a comissão.

A situação das urgências de ginecologia e de obstetrícia do distrito de Setúbal tem provocado uma onda de protestos por parte dos autarcas e das comissões de utentes da região.

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Também a Federação Distrital de Setúbal do PS, todas as estruturas concelhias dos socialistas do distrito e o grupo de deputados socialistas eleitos pelo círculo eleitoral de Setúbal já manifestaram “a sua profunda apreensão com a falta de resposta às grávidas” da região, exigindo a inversão imediata da situação.

“Esta desconformidade não tem paralelo. Mesmo em circunstâncias difíceis nunca o distrito esteve completamente a zero na capacidade de resposta. Num passado próximo, sempre foram acauteladas alternativas devidamente planeadas ou planos de emergência em conjunto com as unidades hospitalares. Havia articulação e a Direção Executiva [do SNS] tinha um papel importante, situação que agora tem resultados diferentes para pior”, escreve a federação.

Ainda segundo a federação socialista, num distrito onde vivem perto de 900 mil pessoas, as grávidas serão obrigadas a deslocar-se aos poucos serviços de urgência que asseguram resposta, correndo o risco de ser necessário mais de uma hora de deslocação caso a grávida viva no litoral alentejano, uma vez que a referenciação destas grávidas é Setúbal.

Já a concelhia do Barreiro do PCP considera que a situação “é um atentado à saúde maternoinfantil” e “um retrocesso de décadas sem equivalente no Serviço Nacional de Saúde e no concelho” e “uma consequência direta e anunciada da política de direita protagonizada pelos sucessivos governos, ora PS, ora PSD/CDS”.

“O fecho de serviços, resultante da falta de investimento no serviço público, obriga ao encaminhamento de utentes para hospitais a muitos quilómetros de distância, aumentando a insegurança e a ansiedade das famílias”, refere a concelhia do PCP em comunicado enviado à agência Lusa.

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