Na iniciativa desenvolvida ontem foram abordadas as estratégias a adoptar para a construção de um território saudável
O relógio marcava 09h30 quando a cidade de Setúbal se ‘juntou’ virtualmente para reflectir e partilhar conhecimentos sobre saúde. A partir do Fórum Municipal Luísa Todi, a jornalista da Antena 1, Marta Pacheco, deu início ao Fórum de Saúde “Setúbal a Pensar em Si”, depois de largos meses de planeamento, com o desenvolvimento de seis apresentações, que serviram para preparar esta primeira edição.
Com transmissão via Zoom e Youtube, Maria das Dores Meira, presidente da Câmara Municipal de Setúbal, foi a primeira participante a intervir, seguida de Manuel Roque, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar sadino, e de Pedro Dominguinhos, presidente do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS).
“O nosso encontro fica marcado pelo facto de estarmos a travar enorme e desgastante batalha para salvar vidas e debelar a epidemia que nos assola”, sublinhou a autarca. Do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela autarquia na área da saúde, a edil salientou a integração da Câmara Municipal na Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis, presidida por Joaquim Santos, também presidente da edilidade do Seixal.
No fórum que assinalou o Dia Mundial da Saúde, celebrado a 7 de Abril, seguiu-se a intervenção de Manuel Roque. “Pede-se a participação pública em debates desta natureza, que em boa hora o município de Setúbal decidiu promover”, considerou.
Por sua vez, Pedro Dominguinhos quis deixar a sua “homenagem a todos os profissionais de saúde que neste último ano têm sido um exemplo daquilo que é a devoção, o empenho e o profissionalismo à causa pública”.
Pelas 10h05, a palavra foi dada a Ricardo Oliveira, vereador com os pelouros da Educação e Saúde, para apresentação de “Setúbal a Pensar em Si”, tratando-se do “perfil de saúde e plano de desenvolvimento em saúde do município” setubalense.
Com publicação para breve, este projecto contempla aquilo que as autarquias devem proporcionar, devendo “promover e potenciar uma vida saudável e feliz a todos os que habitam e usam o território”, explicou Ricardo Oliveira.
“Este percurso colocou-nos num momento em que se exige uma intervenção mais planeada, sistematizada e sempre participada. Por isso, propusemo-nos a construir um novo Perfil de Saúde e um novo Plano de Desenvolvimento em Saúde e criar um Observatório de Saúde”, esclareceu o vereador.
A manhã continuou com duas apresentações, nomeadamente do grupo de trabalho da publicação Perfil de Saúde do município por Isabel Pinto, directora clínica do Agrupamento de Centros de Saúde Arrábida, e do resumo dos três debates por Ana Gato, professora da Escola Superior de Saúde do IPS. Esta primeira parte terminou com um debate entre os três intervenientes.
Passada a pausa para almoço, a segunda ‘etapa’ do Fórum de Saúde “Setúbal a Pensar em Si” começou pelas 14h00, com moderação do jornalista Francisco Alves Rito, director de O SETUBALENSE. A tarde foi dedicada em grande parte à apresentação do Plano de Desenvolvimento em Saúde por Miguel Carpinteiro, vogal executivo do conselho de administração do Centro Hospitalar de Setúbal.
“Na sua genética, este documento tem a característica de ser o mais abrangente possível, mas não vai resolver todos os problemas. A perspectiva de que se reveste é estratégica, dando um horizonte temporal e de prioridades”, considerou.
Ficou, por sua vez, a cargo de Celeste Paulino, directora do departamento de Educação e Saúde da autarquia fazer um apanhado dos restantes três debates preparatórios.
A iniciativa prosseguiu com a realização de um novo debate, durante o qual se abordaram questões de saúde relacionadas com desporto orientado para pessoas com deficiências, comunidade escolar, cuidados primários e inclusão social. O dia terminou com a divulgação de uma síntese do encontro por Leonídio Paulo Ferreira, director-adjunto do Diário de Notícias e com as intervenções de Luís Pombo, director executivo do ACES Arrábida, e de André Martins, presidente da Assembleia Municipal de Setúbal.