27 Junho 2024, Quinta-feira

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Ciberataque à Vodafone obriga bombeiros do Distrito de Setúbal a recorrerem à rede SIRESP

Ciberataque à Vodafone obriga bombeiros do Distrito de Setúbal a recorrerem à rede SIRESP

Ciberataque à Vodafone obriga bombeiros do Distrito de Setúbal a recorrerem à rede SIRESP

Além de algumas corporações, o ataque afectou também a rede de multibancos e serviços essenciais que dependem da operadora de telecomunicações, como o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM)

 

As corporações de bombeiros do Distrito de Setúbal têm estado hoje a recorrer à rede SIRESP para estabelecer as comunicações entre os operacionais na sequência do ciberataque à Vodafone.

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Segundo o presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Setúbal, João Ludovico, uma vez que o ciberataque afectou as redes dos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), foi accionada uma alternativa, estando a ser feitos os pedidos de socorro através do SIRESP.

O SIRESP é a rede de comunicações exclusiva do Estado Português para o comando, controlo e coordenação de comunicações em todas as situações de emergência e segurança.

De acordo com João Ludovico, as comunicações estão a ser feitas através de duas linhas abertas, uma a ser usada para os pedidos e outra para a comunicação das situações clínicas entre as equipas no terreno e o CODU.

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Apesar destes constrangimentos, João Ludovico assegura que, até ao momento, não teve registo de quaisquer falhas no socorro. No entanto, alerta para a fragilidade do sistema evidenciada por este ciberataque.

“Mostra a fragilidade do sistema já que até estamos a viver uma situação calma do ponto de vista da Protecção Civil. Imagine isto no Verão, em plena época de incêndios, em que existia um conjunto significativo de ocorrências. Podia não haver possibilidade de ter esta linha alternativa”, frisou.

O presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Setúbal, que engloba 16 corporações da Península de Setúbal e oito do litoral alentejano, adiantou que esta situação veio demonstrar que o sistema integrado de emergência médica fica deficiente em termos de cobertura de comunicações.

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“É necessário um sistema alternativo que seja automaticamente accionado. Isto é um abre olhos para que seja feito um investimento forte ao nível de alternativas de comunicação”, salientou.

Vodafone alvo de ataque na segunda-feira

A operadora Vodafone assumiu hoje que foi alvo de um ciberataque na segunda-feira e disse que não tem indícios de que os dados de clientes tenham sido acedidos e/ou comprometidos, estando determinada em repor a normalidade dos serviços.

O ataque informático à Vodafone Portugal afectou os ATM da rede Multibanco e serviços essenciais que dependem desta operadora de telecomunicações, como o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e alguns bombeiros.

O INEM “activou no imediato o seu plano de contingência” para fazer face aos constrangimentos verificados com a rede Vodafone, garantido que esteve sempre a funcionar o sistema de emergência médica.

Além do ciberataque à Vodafone Portugal, foram também alvos de ataque informáticos recentemente os ‘sites’ do grupo de comunicação social Cofina (Record, Correio da Manhã, CMTV, Sábado e Jornal de Negócios) e do grupo Impresa (que detém a SIC e o Expresso), bem como a página da internet da Assembleia da República. A Polícia Judiciária está a investigar estes ataques.

GC (CMP)/MCL

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