Chaminés resistem a primeira tentativa de implosão

Chaminés resistem a primeira tentativa de implosão

Chaminés resistem a primeira tentativa de implosão

A intenção não é a reabertura definitiva das centrais a carvão

Falha na comunicação com os detonadores impediu explosão e poupou torres de 200 metros

Uma falha de comunicação entre detonadores obrigou, no sábado, a EDP a adiar para data a definir a demolição, por implosão, das duas torres da antiga Central Termoeléctrica de Setúbal.

Segundo apurou O SETUBALENSE junto da EDP, a operação deverá ser agora reagendada para dentro de uma ou duas semanas.

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A demolição estava prevista para sábado por volta das 13h00, mas, após sucessivos atrasos, a operação, com recurso a explosivos, foi adiada para outro dia.

A implosão das torres, pela sua envergadura e invulgaridade, prendeu a atenção de milhares de pessoas durante a hora de almoço de Sábado. Nas imediações do local preparado pela EDP para a comunicação social e convidados, no campo do Praiense, e um pouco por toda a localidade de praias do Sado, eram muitas as centenas de populares que queriam ver ao vivo. Muitos outros assistiam através de directos, como o d’O SETUBALENSE, que alcançou milhares de visualizações no Facebook.

Na tenda que a EDP instalou para convidados, foi explicada, pouco depois do meio-dia, como estava organizada a operação. Segundo Rui Teixeira, da EDP Produção, foram colocados 150 a 200 quilos de explosivos na base de cada uma das chaminés e, em volta, há piscinas de água, também com explosivos, para que, com a explosão, seja criada uma cortina de água de forma a minimizar a projecção de poeiras.

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O derrube das duas torres, que medem 200 metros de altura e pesam 11 mil toneladas, é um marco no desmantelamento da antiga central, que está a 60% e ficará concluído até final do presente ano. Após esta fase de desmantelamento, seguir-se-á a limpeza e descontaminação dos solos.

De acordo com Rui Teixeira, a desactivação da unidade custa 18 milhões de euros à EDP e 90% dos materiais sobrantes são reaproveitáveis. Muitos para a sucata e, no caso do betão das torres, para enchimento de terras ou brita.

Nova central de energia limpa
Nos terrenos da antiga central vai nascer um novo projecto, de energias renováveis. A EDP ainda não revelou, mas, segundo o presidente da Junta do Sado, Manuel Véstias, poderá ser uma central fotovoltaica.

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A presidente da Câmara de Setúbal também esteve no local e sublinhou que as duas chaminés fazem parte das memórias de uma geração de setubalenses e praienses e defendeu que a demolição é importante para a paisagem desta área do concelho.
Dores Meira prestou homenagem aos sete trabalhadores que morreram em 1994 num acidente no interior das torres.

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