Problema decorre devido ao quadro eléctrico, que precisa de ser reparado. ACES Arrábida garante que tudo está a ser tratado
O Centro de Saúde da Praça do Brasil, situado na Rua de Damão, está a funcionar sem aquecimento, por existir o risco de incêndio nas instalações. Esta preocupação acontece devido à idade do quadro eléctrico do estabelecimento, que precisa de ser reparado. A União de Sindicatos de Setúbal/ CGTP-IN, explica que os profissionais que lá trabalham foram instruídos, pela direcção do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Arrábida, a não ligarem o aquecimento, tudo devido ao facto de existir risco de incêndio nas instalações.
O sindicato assegura que, mesmo sem a climatização estar a trabalhar, o risco de incêndio permanece activo, apesar da sobrecarga da instalação eléctrica ser menor. A situação não é de agora, tendo praticamente duas semanas, sendo que o sindicato assegura que já tentou entrar em contacto com a direcção do ACES Arrábida, não tendo obtido resposta nenhuma.
“Se não se morre da doença, morre-se da cura”
Em comunicado, a União de Sindicatos de Setúbal/CGTP-IN afirma que a grande preocupação que o Ministério da Saúde, por via do ACES Arrábida, deve de ter é “arranjar instalações provisórias para atender condignamente os doentes” e não fazer com que utentes e profissionais do Centro de Saúde “passem frio”, assegurando que na grande maioria dos casos os “utentes têm de se despir para serem examinados e os profissionais trabalham sem conforto térmico”.
O sindicato conclui que nesta situação “se não se morre da doença, morre-se da cura”. Por fim, a União de Sindicatos de Setúbal/CGTP-IN considera “lamentável” toda esta situação, deixando um apelo a “quem de direito”, referindo-se ao Ministério da Saúde e à direcção do ACES Arrábida, pedindo que se resolva “de imediato” a situação de utentes, profissionais e também moradores do prédio, assegurando que situações urgentes exigem “medidas urgentes” e não “passividade”.
ACES Arrábida assegura que situação está a ser resolvida
Contactado por O SETUBALENSE, o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Arrábida confirma o problema da sobrecarga eléctrica e que tal acontece devido à idade do quadro eléctrico, explicando que de modo a garantir a segurança dos profissionais e utentes foi “recomendada a não utilização de equipamentos de climatização até à resolução do problema”.
O ACES garante que os serviços em causa “muito raramente” implicam a presença de utentes, uma vez que o edifício aloja a Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados (URAP), garantindo que os utentes utilizam o edifício, mas de forma reduzida, dando o número de “menos de 50 na última semana”.
A direcção executiva do ACES Arrábida refuta as acusações de falta de contacto e assegura que as ligações com os profissionais têm sido permanentes, uma vez que o edifício se localiza em “frente ao edifício que aloja a direcção do ACES”. Quanto à resolução do problema, a direcção garante que aguarda que a reparação ocorra “o mais brevemente possível”.