Carapau manteiga procura certificação

Carapau manteiga procura certificação

Carapau manteiga procura certificação

Várias entidades sentaram-se ontem à mesa para começarem a trabalhar na certificação do carapau manteiga de Setúbal. Trata-se de aproveitar melhor um recurso de pesca e reforçar a economia da região

 

O carapau manteiga de Setúbal pode vir a receber o título de certificação, ou de qualificação. A ideia de constituir o processo de candidatura partiu da Sesibal-Cooperativa de Pescas de Setúbal, Sesimbra e Sines, que reuniu ontem com responsáveis de várias entidades, entre elas a Direcção Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, Instituto Português do Mar e Atmosfera e Direcção Regional de Agricultura e Pescas.

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“Vamos elaborar um projecto para a certificação do carapau manteiga de Setúbal que, depois de algumas reuniões técnicas, será submetido à apreciação da Direcção-Geral das Pesca”, avança Ricardo Santos, presidente da Sesibal.

Para este responsável do sector das pescas, a valorização do carapau para além de “merecida, é necessária”, uma vez que este pescado está a “baixo preço”, tem uma quota de pesca “alargada” e “muitas pessoas não o conhecem”. Com a certificação esta espécie poderá ser “adquirida e servida por mais restaurantes” podendo inclusivamente dar mais dinâmica à economia da pesca.

Reforça a Sesibal que a cerificação do carapau manteiga justifica-se por razões económicas devido a impedimentos na pesca da sardinha em “quantidades que permita a sustentabilidade para o sector” e também para “divulgar e promover cada vez mais a riqueza dos nossos peixes”.

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Outro argumento apontado pela Cooperativa de Pesca, é que a quota de captura nacional “é superior a 25 mil toneladas”, no entanto, “o mercado absorve apenas 3 mil toneladas”. Perante estes dados, a “saliência e a qualidade desta espécie justifica cada vez mais o seu consumo”, defende a Sesibal que coloca várias possibilidades de comercialização. “Exportado, fresco, congelado ou em conserva”, e dado o seu valor na cadeia alimentar, considera-se existirem vários países interessados em o receber.

Perante este quadro, Ricardo Santos vinca que caso não seja conseguida a certificação, o carapau manteiga de Setúbal “tem de ser distinguido, pelo menos, com uma qualificação”.

 

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Especialidade à mesa

Entre os documentos a serem trabalhados para apresentação da candidatura à certificação do carapau manteiga de Setúbal, constam quatro receitas para servir esta espécie à mesa: Carapaus Alimados, Carapaus de Escabeche, Carapaus com Migas e Coentros e ainda Carapaus à Portuguesa.

 

Receita Carapaus Alimados

 

Ingredientes:

1 quilo de carapaus médios

Azeite q2.b.

Vinagre ou sumo de limão q.b.

 

 

Preparação:

Deixam-se os carapaus em sal de um dia para o outro.

Lavam-se e cozem-se em água a ferver. Depois de cozidos, mas ainda quentes, limpam-se.

Tira-se a cabeça, a pele, o rabo e as barbatanas.

Na altura de servir, mergulham-se numa travessa funda com água muito quente, para aquecerem.

Escorre-se a água e servem-se os carapaus imediatamente, temperados com azeite e vinagre ou sumo de limão.

Acompanham-se com batatas cozidas.

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