28 Julho 2024, Domingo

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Câmara diz que protestos dos sapadores “não fazem sentido” e que foi uma “intervenção” na campanha eleitoral

Câmara diz que protestos dos sapadores “não fazem sentido” e que foi uma “intervenção” na campanha eleitoral

Câmara diz que protestos dos sapadores “não fazem sentido” e que foi uma “intervenção” na campanha eleitoral

Município reage às críticas do sindicato e garante estar empenhado na criação de condições

 

No seguimento da manifestação levada a cabo pelos Bombeiros Sapadores de Setúbal na passada quarta-feira frente aos Paços do Concelho, por estarem contra a alegada falta “de condições e de diálogo por parte da Câmara Municipal”, a autarquia afirmou ontem em comunicado que “as razões invocadas não fazem qualquer sentido”.

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Confrontada “com surpresa” com a realização da greve, a edilidade sublinha que os motivos que levaram os profissionais a protestar no Dia de Bocage, da Cidade e do Concelho “são falsos”.

Sobre a não comparência do vereador da Protecção Civil, Carlos Rabaçal, e do comandante dos Sapadores, Paulo Lamego, a uma reunião marcada a 24 de Junho, mencionada por Ricardo Cunha, dirigente do Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores, a O SETUBALENSE, a autarquia explica que “quando solicitaram a reunião, foram atendidos e puderam debater os assuntos que entenderam com o vereador dos Recursos Humanos e vice-presidente da Câmara de Setúbal [Manuel Pisco], também responsável pelas relações institucionais com as associações sindicais”.

Por este motivo, o município diz não ser “verdade que haja falta de diálogo”, também “porque tem havido sistemático e regular diálogo e articulação, em reuniões plenárias e em reuniões específicas de chefias, com os Sapadores de Setúbal”.

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No que diz respeito às “melhores condições” de trabalho reivindicadas pelos profissionais, a Câmara Municipal afirma que estas “atingiram um patamar de elevada qualidade, nunca antes atingido, quer ao nível de viaturas, equipamentos e preparação técnica e operacional”.

Como exemplo é dado o processo que “está a decorrer [para] uma nova recruta de mais 12 elementos, cuja entrada está prevista para 1 de Outubro deste ano, a somar ao recrutamento de outros 20 elementos, concretizado durante o actual mandato”.

Também “os fardamentos multifunções escolhidos e seleccionados pelos próprios bombeiros” foi mencionado, os quais vão permitir “fazer um conjunto de actividades sem o recurso obrigatório a EPI’s [Equipamentos de Protecção Individual], designadamente em acções de desencarceramento”.

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No tema das viaturas, é referida a entrada em funcionamento de uma “nova ambulância de apoio à actividade dos bombeiros, que permitiu dar um contributo decisivo na testagem das populações de Setúbal e Azeitão à covid-19”, e a substituição de “escadas antigas, nas viaturas antigas, por escadas novas”.

Também a chegada de “novos armários, exclusivos para o acondicionamento de EPI’s de grande porte” e de “dez novos equipamentos de respiração autónoma, de última geração”, assim como o reforço “do equipamento da equipa de resgate”, foi destacado pela autarquia.

A concluir, o município garante estar “intensamente empenhado na criação das melhores condições possíveis” e sublinha “que nunca, em nenhuma circunstância, esteve, está ou estará em causa a protecção e socorro de Setúbal e Azeitão”.

Sobre a manifestação se ter realizado no dia de comemorações bocagianas, a edilidade “lamenta a forma de protesto utilizada, revelando profunda falta de respeito pela cidade e pelo concelho, não tendo mesmo respeitado o minuto de silêncio após a deposição de flores em honra do poeta Bocage”.

“O município de Setúbal considera que este tipo de acções, mais do que proteger os bombeiros, visa uma intervenção organizada por terceiros na campanha eleitoral em curso para as eleições autárquicas, visando beneficiar uns e prejudicar outros”, lê-se, por último, na nota da Câmara.

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