Foram detidos dois homens, com 38 e 32 anos, e uma mulher, de 51 anos, acusados agora de roubos violentos durante o Verão de 2024
Dois homens, com 38 e 32 anos, e uma mulher, cabeleireira, de 51 anos, foram acusados de roubos violentos a idosas em Setúbal durante o Verão do ano passado. A cabeleireira, na baixa de Setúbal, escolhia as vítimas, suas clientes e passava a informação aos dois homens que levaram a cabo os crimes violentos.
Os três foram detidos em Setembro do ano passado, ficaram em prisão preventiva e foram agora acusados pelo Ministério Público por três crimes de roubo agravado.
A acusação descreve que a mulher criava uma relação de confiança com clientes de idade avançada de modo a apurar onde residiam, qual o património e rotinas. Posteriormente, aproveitando que as clientes estavam entretidas no cabeleireiro, retirava-lhes as chaves de casa e entregava-as aos outros arguidos. Estes, deslocavam-se a casa das vítimas e, independentemente da presença daquelas, retiravam bens e valores que encontravam, por vezes, através de violência física. O primeiro crime ocorreu em Julho.
Os dois suspeitos introduziram-se na residência de uma mulher de 87 anos de idade e manietaram-na com fita-cola para que não pudesse colocar-se em fuga ou chamar ajuda. Com a vítima imobilizada, vasculharam a casa procurando valores, a idosa foi coagida a divulgar onde guardava dinheiro e bens de valor, tendo os suspeitos logrado roubar uma quantia superior a três mil euros em bens e dinheiro.
Mais tarde, em Agosto de 2024, os dois homens atacaram uma mulher de 84 anos em casa. A vítima foi imobilizada, manietada pelos dois suspeitos e ameaçada, inclusive com recurso a arma branca, para divulgar onde guardava dinheiro e bens de valor, tendo-lhe sido subtraído um montante de 570 euros e alguns objetos de valor residual.
A PSP de Setúbal, através da Esquadra de Investigação Criminal, deteve os dois homens no início de Setembro e pouco depois a cabeleireira, com estabelecimento na baixa setubalense. Os três ficaram em prisão preventiva, tendo a mulher visto a medida de coação alterada para prisão domiciliária.