Trabalhar no computador, fazer uma reunião, ver obras de arte ou mesmo alugar bicicletas são algumas das actividades que podem fazer agora no “Troino Central Station”, iniciativa de um grupo de setubalenses que quer dinamizar o bairro
Paulo Mendes, Maria Mendes, Pedro Mendes e Bárbara Reis, todos com ligações a Setúbal, não tiveram dúvidas sobre o local para instalar este projecto, já conhecendo o novo dinamismo que se vive na cidade. Entre o alojamento local A dú Almirrante, que já exploram desde o verão passado na Praça Almirante Reis, e a Rua Fran Pacheco foi um passo curto e aí abriram, no dia 1 de Junho, o “Troino Central Station”, uma espécie de “estação central” vocacionada para a vida profissional, social e de bem-estar.
No espaço – com uma decoração urbana e funcional e com imagem gráfica assinada pelo designer Bruno Vinagre – funcionam uma sala de reuniões, uma mesa com postos de trabalho, uma mercearia biológica, uma galeria de arte e um conjunto de outros serviços como aluguer de bicicletas e compra de bilhetes para eventos e espectáculos.
A ideia foi juntar uma série de atractivos tanto para residentes do bairro e da cidade como para turistas. Numa vertente de lazer, um dos serviços é a disponibilização de informações úteis e práticas a quem deseja descobrir a cidade e a região (percursos, experiências, etc.). Já a aposta na cultura passa por uma agenda mensal de workshops sobre as mais diversas áreas e temas. Nas paredes destinadas para o efeito ficam patentes exposições rotativas de artistas locais e nacionais, seja de fotografia ou pintura, por exemplo.
A resposta às necessidades da geração Millennial (indivíduos nascidos depois de 1980 e que hoje em dia têm hábitos de trabalho flexíveis, sem horários nem local de trabalho fixos, mas em constante ligação à Internet) é clara com a disponibilização de quatro postos de trabalho que podem ser alugados permanentemente. Custam 135 euros e garantem ligação à Internet, acesso à cafetaria, cem fotocópias e utilização da sala de reuniões, entre outras vantagens (cinco dias por semana, 10 horas no máximo, durante um mês).
Noutro espaço de trabalho reúnem-se condições idênticas para quem precisa de trabalhar apenas umas horas, sozinho ou em grupo. O Pit Stop custa 3 euros por hora; o bilhete de meio-dia (cinco horas) custa 10 euros; o bilhete de um dia (10 horas) custa 15 euros e o bilhete de Passageiro tem o custo de 50 euros, dando direito a café, chá e água, acesso à copa e 25 fotocópias, por exemplo. Também existem cacifos para guardar objectos pessoais.
A mercearia biológica é outra das mais-valias do “Troino Central Station” e vende sopa biológica, tostas, sumos naturais sem açúcar, bolos caseiros, húmus, leite biológico e, entre outros produtos, uma tarte solidária de chocolate e gengibre em que um euro reverte para ajudar uma instituição social. Os produtos podem ser consumidos no local ou ser levados para fora, à semelhança das bicicletas para passear pela cidade (os preços começam nos três euros para uma hora e vão até aos dez euros para um dia inteiro de utilização).
O Troino Central Station, situado no número 59 da Rua Fran Pacheco (perto da Avenida 22 de Dezembro), funciona de segunda a sexta-feira, das 09h00 às 19h00, e encerra ao domingo. Ao sábado abre das 10h00 às 19h00, sendo que nesse dia o horário pode sofrer adaptações consoante a realização de workshops e eventos, os quais se podem igualmente estender ao espaço na rua.