Reconhecer e evitar os principais riscos presentes nos quatro elementos da natureza é o objectivo do Centro de Interpretação dos Riscos que vai nascer num edifício devoluto no Jardim Engenheiro Luís Fonseca
A Câmara Municipal de Setúbal e a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) vão assinar um protocolo sobre cedência de instalações para um Centro de Interpretação dos Riscos.
Esta nova valência é instalada num edifício devoluto há vários anos localizado no Jardim Engenheiro Luís Fonseca, à beira-rio, entre as instalações do restaurante Portugália e o cais de apoio aos catamarãs.
A formação deste centro, que vai ser dinamizado pela autarquia através do Serviço Municipal de Protecção Civil e Bombeiros, destina-se à divulgação das diversas esferas de intervenção na área da segurança. Está prevista a instalação de mostras permanentes, assim como receber acções de sensibilização e formação. Em comunicado, a Câmara avança que este centro “foca atenções nos diversos riscos existentes tanto no território setubalense como a nível nacional”.
45 mil euros para reabilitar edifício
Além da mostra interactiva “Riscos! Aprender e Evitar”, que apresenta os principais riscos presentes nos quatro elementos da natureza, concretamente terra, ar, água e fogo, o centro vai dinamizar um núcleo direccionado para as alterações climáticas.
O imóvel, com 183 metros quadrados de área coberta e 332 de área descoberta, é cedido no âmbito deste protocolo por um período máximo de dez anos, pelo qual a autarquia pagará uma contrapartida mensal de 750 euros. A celebração deste acordo entre a autarquia e a APSS foi aprovada na última reunião pública da Câmara.
O protocolo define ainda que “o carácter pedagógico do Centro de Interpretação dos Riscos, bem como o investimento necessário para reabilitar o edifício, cerca de 45 mil euros, é acordado por um período de cinco anos de isenção de contrapartidas”.
Ainda segundo deliberação dos eleitos, o “protocolo caduca na data em que se verifique a transferência da dominialidade para o município de Setúbal” da área do edifício “no âmbito do processo de transferência da gestão de áreas portuárias que não têm nem se prevê que venham a ter uso portuário”.