A concessionária do transporte fluvial de ligação entre Setúbal e Troia disse em comunicado que “não recebeu qualquer proposta tendo em vista a extensão do passe Navegante às suas operações”
A Atlantic Ferries, empresa do grupo Sonae Capital que assegura o transporte fluvial de passageiros, veículos ligeiros, pesados e de mercadorias no rio Sado, entre Setúbal e Troia, diz que está fora do novo passe Navegante, que entrou em vigor na Área Metropolitana de Lisboa (AML) em Abril, não tendo recebido “qualquer proposta” com vista à “extensão do passe Navegante às suas operações”.
Fonte oficial da empresa afirma em comunicado que “as notícias vindas a público” – que davam como praticamente cerca a sua participação no novo passe metropolitano, com entrada em vigor no dia 1 de julho – “não têm qualquer fundamento” e lembra que “é uma concessão que não aufere qualquer comparticipação pública pela sua atividade, nomeadamente indemnizações compensatórias”, apesar de prestar um serviço público.
Esta notícia surge depois de ser tornado público, no mês de Maio, que estavam a “decorrer negociações com a CIM [Comunidade Intermunicipal] do Oeste, da Lezíria, do Alentejo Central e do Alentejo Litoral, onde se inclui esta travessia da Atlantic Ferries entre Setúbal e Grândola”, afirmou então à Lusa o vereador e vice-presidente da Câmara de Setúbal, Manuel Pisco.
Na altura a autarquia setubalense deu como quase certo a entrada da Atlantic Ferries no novo passe, mas quando confrontado com as declarações do vice-presidente da Câmara de Setúbal, o primeiro secretário da AML, Carlos Humberto, disse que ainda não havia “um acordo formal”, apesar de se mostrar confiante num desfecho positivo nesse sentido.
O facto de que as negociações estavam a decorrer foi anunciado pelo vice-presidente da Câmara Municipal de Setúbal Manuel Pisco no blogue Praça do Bocage, no início de Abril, conforme noticiou O SETUBALENSE – DIÁRIO DA REGIÃO. “Hoje mesmo a AML esteve a negociar não só com Grândola mas com a Atlantic Ferries”, disse aquele responsável. A confirmar-se, esta medida permitiria tornar a travessia para Troia economicamente mais acessível para muitos setubalenses, que procuram aquelas praias no verão.