1 Julho 2024, Segunda-feira

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Associação Faísca Voadora trabalha interculturalidade a nível local e internacional

Associação Faísca Voadora trabalha interculturalidade a nível local e internacional

Associação Faísca Voadora trabalha interculturalidade a nível local e internacional

Actividades que dinamiza pretendem “juntar pessoas e derrubar barreiras em torno das diferenças culturais”. Este ano estreia-se nos intercâmbios de Verão para jovens entre os 12 e os 30 anos

 

Criada em 2018, “muito pela cabeça, coração e experiência de Morgane Masterman”, a associação Faísca Voadora organiza actividades interculturais locais, europeias e internacionais. Na margem sul do Tejo, dinamiza eventos culturais, oficinas criativas e intervenções em escolas e espaços pedagógicos sobre vários temas relacionados com interculturalidade e identidades.

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“Sempre com criatividade, abertura e alegria, queremos que as nossas actividades sejam activamente inclusivas e acessíveis a quaisquer pessoas, independentemente da sua identidade ou expressão de género, nacionalidade, orientação sexual, religião, idade, racialização, situação financeira, educação ou outro critério semelhante”, começa por dizer Susana Costa, da equipa Faísca Voadora, a O SETUBALENSE. “Os objectivos são sobretudo trabalhar em torno da interculturalidade. Pretendemos juntar pessoas e derrubar aquilo que são as barreiras em torno das diferenças culturais, da forma como entendemos o mundo ou como nos relacionamos”, adianta.

A partir de eventos, workshops e formações, promove “esta ideia mais desconstruída do conceito de cultura, não só a partir de um país ou de uma língua, mas também a partir da forma como nos construímos enquanto pessoas. Não vemos cultura como uma caixa fechada, mas sim como uma coisa dinâmica, em constante dinamismo”.

Nesta linha, a Faísca Voadora tem assim vários projectos, a nível internacional, uma vez que faz parte de uma rede, sobretudo europeia, mas também muito relacionada com África, e também no âmbito local, centrando-se na margem sul do Tejo, com especial enfoque nos concelhos de Setúbal e Almada. “Trabalhamos a interculturalidade, o anti-racismo, as alterações climáticas, diversidades de género e em torno disto existem várias possibilidades, que integram sempre pedagogias criativas. Pode ser teatro, desenho, rádio, animação linguística ou outros”, explica, frisando que “entendemos também o processo de aprendizagem como uma coisa não formal, experimental e criativa sempre”.

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A associação trabalha com vários públicos, entre crianças, jovens e adultos e este Verão lança-se na “grande aventura” dos intercâmbios para jovens dos 12 aos 30 anos em Espanha, França, Alemanha. Para Setembro, está marcado o acolhimento de um outro, dedicado à arte e à ecologia, na Quinta Maravilha, em Palmela, e a realização de um workshop, com o projecto “Sem In Diferenças”, na Bela Vista, ao abrigo do Programa Escolas, gerido pela APPACDM de Setúbal. “Vamos lá estar com uma equipa da Faísca Voadora, uma associação parceira da Alemanha e outra de Itália, para um encontro com os jovens deste projecto. A ideia será recolher tradição oral e a partir das histórias recolhidas criar pequenas histórias animadas em stop-motion”, conta Susana Costa. “Procuramos que estas duas dimensões da associação, o trabalho internacional e o trabalho local, possam interagir e possamos trazer pessoas de fora que interajam com Setúbal e ao mesmo tempo possamos levar pessoas de Setúbal e de toda a margem sul para fora”, acrescenta.

Espaço de actividades na Fonte Nova está “aberto à cidade”

Neste momento, para além das duas trabalhadoras a tempo integral, Morgane e Susana, a equipa conta com um estagiário e está a prever novas contratações. “Está a ser superpositivo, para além de conseguirmos garantir esta equipa base, estamos também a contratar animadores e animadoras para trabalhar nos nossos intercâmbios de Verão”, partilha, para depois referir que “temos esta ideia de multiplicar, de poder dar oportunidade e trabalho a outros jovens e outras pessoas para além da associação”.

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Também ao maior número de pessoas possível pretendem levar as suas actividades. “Queremos que sejam inclusivas e que cheguem a toda a gente, sobretudo a públicos que dificilmente teriam acesso. Vamos ao contacto com projectos base, em bairros prioritários ou sociais, que interagem com jovens que não teriam tanto acesso a esta informação e fazemos chegar. Queremos dar estas possibilidades”, afirma. “Por considerarmos que existe já muita oferta em Lisboa, é sobretudo na margem sul que queremos trabalhar e em Setúbal, por exemplo, é sempre muito importante o apoio que o Gabinete da Juventude da Câmara Municipal nos dá a nível de divulgação”, acrescenta.

Com sede administrativa em Almada, é no Largo António Joaquim Correia, na Fonte Nova, em Setúbal, que tem o seu “espaço de actividades. É a nossa base de trabalho e a ideia é que seja um espaço para que a associação se relacione com as pessoas, com a cidade, e que receba e acolha propostas e outros projectos”. Nas palavras de Susana Costa, “o nosso espaço está aberto à cidade e quem precise de um espaço para trabalhar ou tenha uma ideia de uma actividade para realizar, pode sentir-se à vontade para entrar em contacto connosco”.

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