27 Junho 2024, Quinta-feira

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Arguidos do caso de Jéssica julgados por tribunal de júri

Arguidos do caso de Jéssica julgados por tribunal de júri

Arguidos do caso de Jéssica julgados por tribunal de júri

Caso que remonta a Junho do ano passado seguiu esta segunda-feira para julgamento

 

O caso de Jéssica Biscaia, a menina de três anos que foi torturada e morta em Junho de 2022, em Setúbal, seguiu para julgamento, com os arguidos a enfrentarem um tribunal de júri. Tita, Esmeralda, Justo, Eduardo e a mãe da menina, Inês Tomás, foram acusados da prática dos crimes de homicídio qualificado.

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Nenhum dos arguidos requereu a abertura da fase de instrução. Os quatro elementos da mesma família e Inês Tomás foram acusados de homicídio qualificado (por omissão no caso da mãe), rapto agravado, ofensas à integridade física, tráfico de estupefacientes e violação, segundo o Correio da Manhã. Os cinco arguidos enfrentam um tribunal de júri, à semelhança do que acontece no caso dos jovens acusados de matar colega do Centro Tabor. Ainda não foi marcada uma data para começar o julgamento.

Este tipo de julgamento é bastante raro, uma vez que em Portugal existe uma reduzida utilização do tribunal de júri, composto por três juízes de direito, um dos quais com a função de presidente. No procedimento para a selecção do júri, que representa a primeira diligência, vão ser nomeados quatro jurados efectivos e quatro suplentes. O passo seguinte passa pela realização de questionários, em que a defesa e a acusação têm a possibilidade de aceitar, ou rejeitar, os cidadãos escolhidos.

Terror vivido por Jéssica durou várias semanas

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O caso remete à semana entre 14 e 20 de Junho, em que Jéssica esteve em cativeiro no Beco do Pinhanha, antes de morrer. No espaço de um mês, a menina tinha sido entregue pela mãe sem resistência e numa delas foi barbaramente agredida. Na origem do crime está o pedido que Inês fez a Cristina para melhorar a relação com o novo namorado. Cristina entregou dois sacos com diversas folhas e ervas para colocar debaixo da cama por 200 euros, que Inês não pagou e assim nasceu o plano que envolveu Jéssica.

Na primeira vez que a menina ficou com a família, Inês conseguiu pagar cem euros e viu a filha de volta sem agressões. Dias depois, a menina foi novamente entregue, mas desta vez, Inês não pagou. Durante uma semana Jéssica foi agredida de forma violenta. Sem conseguir pagar a dívida, Inês foi avisada que a dívida ia aumentar e ainda recebeu mais sacos.

Sem conseguir pagar, a 14 de Junho, Cristina exigiu que Inês entregasse novamente Jéssica. Inês assim o fez e foi informada de que só veria a menina quando pagasse a dívida. Jéssica foi usada no esquema do tráfico de droga por que a família está agora acusada e que contou ainda com a participação de Eduardo. No dia 19, um dia antes da morte, Inês Tomás foi à casa de Cristina para ver a filha.

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Inês foi avisada de que só veria a filha quando pagasse a dívida. A mãe da menina voltou para a sua casa e durante a noite saiu com o seu companheiro para um bar de karaoke. No dia da morte, Inês foi buscar a filha à Praça do Quebedo e em vez de se dirigir ao hospital foi para casa. Só cinco horas depois, às 15 horas, voltou ao quarto para ver como a menina estava, onde a encontrou morta.

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