António Cachaço: “Queremos revitalizar a baixa comercial para devolver vida ao centro da cidade”

António Cachaço: “Queremos revitalizar a baixa comercial para devolver vida ao centro da cidade”

António Cachaço: “Queremos revitalizar a baixa comercial para devolver vida ao centro da cidade”

Habitação, segurança e dinamização económica são as bandeiras que o candidato do Chega à Câmara de Setúbal traz para estas eleições e defende que a cidade precisa de “uma verdadeira mudança”

A corrida à presidência da Câmara Municipal de Setúbal ganhou um novo protagonista com a entrada de António Carlos Cachaço, uma candidatura que surgiu após a desistência de Lina Lopes. Licenciado em Marketing pelo Instituto Politécnico de Setúbal, o candidato garante que aceitou o desafio com “sentido de responsabilidade, missão cívica e compromisso com os valores do partido”.

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Apesar de ter assumido a liderança da lista numa fase avançada da campanha, António Cachaço rejeita a ideia de estar em desvantagem. Pelo contrário, considera que a força crescente do Chega no distrito e a adesão popular que tem sentido “mostram a urgência de uma verdadeira mudança”. A sua visão para Setúbal assenta em três pilares que considera prioritários, a habitação, segurança e dinamização da economia local.

Em entrevista a O SETUBALENSE, o candidato aponta soluções concretas para alguns dos problemas que identifica como mais urgentes. Entre elas, destaca-se a criação de uma Polícia Municipal, o reforço da videovigilância, o lançamento de concursos para cooperativas de habitação a preços controlados e medidas de apoio direto ao comércio local e aos jovens empreendedores.

No campo da mobilidade, o cabeça-de-lista do Chega defende uma revisão do plano de circulação automóvel, a criação de bolsas de estacionamento e um reforço da articulação com a Carris Metropolitana. Já na área da saúde, propõe a construção de um novo centro de saúde em Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra, um posto VMER em Azeitão e o reforço do número de médicos de família. Também a educação e os espaços públicos não ficam de fora, com o candidato a prometer a modernização das escolas municipais e a requalificação de áreas verdes e equipamentos urbanos, incluindo um velódromo e zonas específicas para animais de companhia.

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Sobre a sua visão para equipamentos estruturantes da cidade, como a Praça de Touros Carlos Relvas ou o Imapark, o candidato apresenta ideias de reconversão em espaços multifuncionais e de utilidade pública, mas admite que algumas decisões dependerão da avaliação financeira da autarquia.

De forma confiante, António Cachaço afirma que o objetivo é claro e passa por conquistar a Câmara Municipal de Setúbal com maioria absoluta. 

A sua candidatura surgiu após a desistência de Lina Lopes. Como surgiu essa decisão e como tem sido assumir a liderança da lista tão perto das eleições?

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A decisão de assumir a liderança da candidatura do CHEGA à Câmara Municipal de Setúbal foi tomada com sentido de responsabilidade, de missão cívica e de compromisso com os valores do nosso partido. Face à desistência da anterior candidata, o partido entendeu que seria fundamental garantir a continuidade de um projeto político coerente, combativo e profundamente enraizado na defesa dos interesses dos setubalenses.

Foi nesse contexto que aceitei, com honra, o desafio de liderar esta candidatura, sabendo que Setúbal merece mais – merece segurança, transparência, desenvolvimento económico e uma governação ao serviço das pessoas, e não de agendas ideológicas ou clientelismos partidários.

Assumir esta responsabilidade numa fase adiantada da campanha exige trabalho redobrado, mas não nos falta motivação nem estrutura. Estamos prontos, com uma equipa determinada e contamos com um grande conjunto de militantes e simpatizantes e o reconhecimento da população em geral, tal como foi também demonstrado pelo extraordinário resultado no distrito nas últimas eleições legislativas. Olhando para o futuro, estamos a trabalhar arduamente para apresentar um programa realista, reformista e próximo das preocupações concretas da população.

Considera que pode entrar nesta corrida prejudicado por se juntar à mesma numa fase tão avançada?

É verdade que a entrada num momento mais tardio representa outro tipo de desafios. No entanto, não considero que este facto nos prejudique politicamente. Pelo contrário: a nossa candidatura beneficia da força crescente do Chega no distrito de Setúbal e do apoio generalizado da população face aos partidos que há décadas dominam o município e cujos resultados estão à vista. O Chega tem uma comissão política distrital forte, militantes empenhados e o carinho da população.

O nosso projeto político assenta numa visão clara para Setúbal: combate à insegurança, prioridade à habitação para os setubalenses, valorização do comércio local, rigor na gestão dos recursos públicos e rejeição de esquemas de compadrio que têm minado o desenvolvimento do concelho.

A adesão popular que temos sentido desde que assumi a candidatura demonstra que os cidadãos reconhecem a seriedade do nosso compromisso e a urgência de uma verdadeira mudança. Mais do que o tempo da candidatura, é a força da mensagem e a confiança que despertamos que irão determinar o resultado desta eleição.

Quais considera serem os três maiores problemas que Setúbal enfrenta atualmente?

Os principais problemas existentes em Setúbal são 3 vetores que se interligam entre si. A habitação, a segurança e a dinamização da atividade económica.

A oferta de habitação é um factor determinante para a dinamização da actividade económica, contribuindo para a redução da especulação de custo de habitação, e grande fator de atractividade para o turismo e para a fixação de novas industrias, nomeadamente de investimento estrangeiro. Com uma oferta da habitação condigna e com uma dinamização da atividade económica efetiva resolvemos o problema da segurança reforçando assim uma melhor qualidade de vida para os munícipes e visitantes do Concelho.

Um tema muito abordado pelo Chega é a criminalidade. Que medidas concretas pretende tomar para reduzir a mesma?

A segurança da população é inegociável. De forma a reduzir a mesma avaliamos a possibilidade da criação de uma Policia Municipal, pretendemos colocar videovigilância em zonas sensíveis e tornar a iluminação publica eficiente. Concessão de habitação municipal a Agentes da PSP e Guardas da GNR para que os mesmos se possam fixar no Concelho.

Quanto aos transportes públicos, que soluções específicas propõe para melhorar a mobilidade urbana?

Pretendemos rever o plano de circulação automóvel para reduzir o tráfego de atravessamento no centro urbano. Implementar zonas de estacionamento exclusivo para acesso ao comércio local, além da criação de bolsas de estacionamento subterrâneo ou em silo. Reforçar a articulação com a Carris Metropolitana, melhorando a frequência, cobertura e fiabilidade das linhas urbanas e interurbanas.

Quais é que são as grandes bandeiras desta candidatura?

A habitação, onde pretendemos dar respostas aos jovens e às famílias, aumentando a oferta habitacional e desta forma travar a especulação.

A economia e a dinamização da economia local. O apoio aos pequenos empresários, a atração de investimento e criação de emprego qualificado aproveitando as vantagens únicas do concelho — aeroporto, porto, rio, universidade e ligações estratégicas.

A segurança, Setúbal necessita da videovigilância, uma iluminação pública eficiente, melhor fiscalização e uma articulação eficaz com as forças de segurança.

Como pretende apoiar a economia local e criar mais emprego para os jovens e para pequenos empresários?

Pretendemos apoiar a economia local através de medidas concretas como a criação de um Gabinete de Apoio ao Investidor para atrair projetos e facilitar todo o processo burocrático. Revitalizar a baixa comercial é essencial para devolver vida ao centro da cidade valorizando assim o comércio tradicional. O lançamento de incentivos para novos negócios, e o apoio a jovens empreendedores e pequenos empresários  são fundamentais para a criação de emprego e para o crescimento sustentável de Setúbal.

A saúde em Setúbal tem sido criticada, que propostas tem para melhorar estes serviços?

Nesse setor, as nossas propostas passam pela construção de um centro de saúde em Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra e a criação de um posto para Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER) em Azeitão. O nosso Programa contempla também medidas que passam por exigir ao Governo o reforço urgente de Médicos de Familia e de Especialistas em Saúde Materno-infantil.

Pretendemos também apoiar logisticamente e dotar os Centros de Saude de recursos adicionais tais como equipas móveis – para reforço no apoio domiciliário a idosos e dependentes – ou atendimento complementar.

Algumas escolas da cidade têm défices em recursos e infraestrutura. Garante que vai realmente alterar algo?

Faz parte do nosso programa a modernização das escolas municipais com a reabilitação dos atuais estabelecimentos de ensino, dotando os mesmos de melhorias estruturais (requalificação dos espaços) e materiais, nomeadamente a substituição de mobiliário em mau estado de conservação. O nosso programa inclui ainda o apoio às famílias e alunos economicamente desprovidos de possibilidades que permitam o aproveitamento escolar.

Tem planos concretos para melhorar os espaços públicos, áreas verdes ou habitação na cidade?

Pretendemos lançar concursos para cooperativas de habitação poderem construir a preço controlado, simplificando os projetos e atribuindo-lhes prioridade. Fazer o levantamento das habitações sociais e torná-lo público no site da câmara. Substituição dos caixotes de lixo convencionais por contentores subterrâneos (MOLOKS).

Sim queremos requalificar os espaços e as áreas existentes dotando-os de novos equipamentos que respondam às necessidades da população, um velódromo para patins em linha e ciclismo, pet-park em sítios estratégicos dedicando espaços específicos aos animais de companhia.

Com o Chega, qual será o futuro da Praça de Touros Carlos Relvas?

O futuro da Praça de Touros Carlos Relvas passa por a criação de um espaço multiusos, com uma estrutura adaptável a diferentes públicos e finalidades.

A estrutura permite várias valências, nomeadamente nas áreas do desporto, da cultura e eventos, do turismo e da imagem do concelho, de economia e negócios e da comunidade.

E do Imapark?

Temos algumas ideias especificas para o Imapark mas temos de conhecer a real situação financeira da Câmara Municipal de Setúbal para podermos avaliar mais concretamente que projeto seguir numa infraestrutura que se encontra ao abandono e com custos elevados para a autarquia.

Como pretende ouvir e envolver os cidadãos na tomada de decisões da Câmara?

Vamos criar sessões abertas com a presidência trimestralmente, onde o presidente do executivo recebe os cidadãos para os ouvir e estar próximo dos seus problemas ou aspirações. Vamos também criar o Provedor do Munícipe.

Quais é que são as expetativas para estas eleições? Acredita na vitória?

Temos falado com os Setubalenses e Azeitonenses e o feedback que temos é bastante positivo, todos nos pedem para passarmos das promessas aos atos, pois estão fartos de promessas vãs. Mas para podermos mudar de forma clara e concreta temos de ganhar e com maioria absoluta. E esse é o foco do nosso trabalho na rua, porta a porta, cidadão a cidadão.

Que mensagem deixa aos eleitores que ainda não decidiram em quem votar nas autárquicas?

Dêem-nos uma oportunidade. Os ultimos anos não deixam grandes recordações, pelo menos de forma positiva, com a autarquia a ser gerida por agendas ideológicas e clientelismos a partidários.

Setúbal merece mais segurança, mais transparência, mais desenvolvimento económico e uma governação ao serviço das pessoas.

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