André Martins elogia parceria com APSS que devolveu Praia da Saúde aos setubalenses

André Martins elogia parceria com APSS que devolveu Praia da Saúde aos setubalenses

André Martins elogia parceria com APSS que devolveu Praia da Saúde aos setubalenses

Nuno Maia (AISET) reitera cooperação entre porto sadino e empresas e aponta desenvolvimento da neo-industrialização

 

A parceria entre a autarquia sadina e a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) foi um factor importante para devolver a Praia da Saúde aos setubalenses. Quem o diz é André Martins, presidente da Câmara Municipal de Setúbal, que lembra que o local foi “durante décadas ocupado por estaleiros e outras actividades navais que constituíam verdadeira muralha que isolava a cidade do rio”. Apesar de já intervencionada e ser alvo de muita procura, garante que a Praia da Saúde pode “ser ainda mais qualificada” no futuro.

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O autarca falava na sessão de abertura do “Encontro do Mar – História, Economia, Ambiente, Responsabilidade Social”, organizado pela Associação Economia Azul (AEZULMAR) em parceria com o município e a APSS, que decorreu na tarde de terça-feira no Auditório Municipal Cinema Charlot.

Aqui realçou a boa relação com a administração do porto que, no presente, se traduz numa “proximidade muito grande, capaz de gerar interessantes parcerias”, convicto de que a cooperação pode ir mais além com os projectos da Marina de Setúbal.

“É no desenvolvimento dessa cooperação que continuamos a trabalhar activamente com a APSS em projectos como o da Marina de Setúbal, que constituirá poderoso instrumento para ampliar ainda mais os proveitos da nossa baía”.

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A posição é reiterada por Carlos Correia, presidente do conselho de administração da APSS, que no encerramento da conferência deixou uma palavra de agradecimento à autarquia setubalense. “Temos desenvolvido, de facto, um trabalho e uma parceria com a Câmara Municipal de Setúbal que é digna de enaltecer publicamente”.

O cenário de crise política que passa por Portugal não parece abalar os objectivos da instituição que assume o foco nos projectos de modernização do porto e da cidade. “O Porto de Setúbal está bem posicionado no caminho da modernidade e preparado para abraçar os desafios que as novas realidades apresentam perante todos nós.

Por parte da APSS, continuaremos a dar passos firmes e seguros na concretização da nossa visão de futuro: transformar o Porto de Setúbal num porto cada vez mais moderno, mais inteligente e ambientalmente mais sustentável, alinhado com os desígnios estratégicos da transição digital, da transição energética e da descarbonização”, referiu Carlos Correia.

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Parceria e cooperação estende-se à região através da AISET

Também a Associação da Indústria da Península de Setúbal (AISET) acompanha a boa relação com a APSS. Quem o diz é Nuno Maia, director-geral da associação, que destaca a
agilidade do porto de Setúbal como mais-valia para o desenvolvimento das empresas.

“O Porto de Setúbal é um parceiro absolutamente crucial, mais do que um fornecedor, é um parceiro crucial para o desenvolvimento da actividade industrial para, logisticamente, as indústrias poderem trazer o que precisam e enviar o que precisam para os seus mercados. E, portanto, quanto mais o porto for ágil, tecnológico, próximo dos clientes e tiveram investimentos de melhoria no seu desempenho, tanto melhor é para as empresas, porque têm a componente de logística facilitada”, disse em declarações a O SETUBALENSE.

O responsável da AISET destacou ainda que a relação porto-empresas é fundamental para fazer crescer o número de exportações a nível nacional. “Estão destinados a entenderem-se, têm desafios comuns de descarbonização, de digitalização e, portanto, penso que cada vez mais as empresas – clientes – e o porto – parceiro e fornecedor – poderão colaborar e melhorar os seus desempenhos para que o País possa exportar mais e melhor, numa
cadeia de valor mais completa, com maior valor acrescentado, que permita pagar melhores salários, dar melhor emprego, e proporcionar maior coesão económica e social da região”.

Para a próxima semana está marcado um outro seminário, desta vez uma parceria entre a AISET e a APSS, onde se vai falar sobre “investimentos em infra-estruturas” nomeadamente a “ligação ferroviária para melhorar o acesso ao porto e a qualidade do transporte ferroviário”.

Em cima da mesa vai também estar a “neo-industrialização que a península está a sofrer”, fenómeno que Nuno Maia destacou como importante para gerar novos postos de trabalho e colmatar os efeitos da crise noutros sectores.

“Vamos falar da neo-industrialização que a península está a sofrer e que é muito benéfico para o seu futuro, porque vamos ter provavelmente mais emprego industrial, mais empresas industriais de mais sectores, o que permite combater fenómenos cíclicos e crises, porque é difícil se todos os sectores estiverem em crises ao mesmo tempo, portanto, se tivermos um portfólio mais alargado de actividades, é mais fácil para a região poder acomodar dificuldades”.

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