Na próxima sexta-feira, 12 antigos colegas de escola sentam-se à mesa no restaurante “Alface”
Em 1941, foram 57 os alunos da Escola do Sousa, em Setúbal, que ficaram imortalizados na idade em fotografia onde, ao centro, se vê o próprio Professor Sousa, que já morreu, assim como boa parte daqueles alunos vestidos de branco. Na época, tinham 7 e oito anos, hoje, aqueles que resistem, têm quase 90 anos; mas não esquecem aqueles dias na escola.
Na próxima sexta-feira, às 12h30, serão uns 12 os que se vão sentar à mesa pela 37.ª vez para relembrarem e celebrarem os dias de escola e as aulas do Professor Sousa. Este ano é no restaurante “Alface”, frente à Lota de Setúbal.
“Era um homem muito conhecido naqueles anos”, diz Marcos Leonardo, que participa na organização do almoço. “Era muito exigente, mas muito bom professor”; ele, o professor, que até merece dar nome a uma das ruas da cidade, acrescenta António Pires, o aluno que teve a iniciativa de começar a realizar esta confraternização entre colegas antigos alunos daquela escola.
Em 1983, António Pires trabalhava num banco e lembrou-se que há 36 anos atrás tinha cumprido o exame da, então, 4.ª classe. Uma data que pensou bonita para reunir antigos alunos seus colegas e lembrar a antiga Escola do Sousa e o professor; para eles será sempre a Escola do Sousa, porque outro nome ‘oficial’ não conhecem para aquele edifício, hoje fechado, ali junto ao antigo Quartel do 11, na Avenida Luísa Todi.
António Pires com dois dos seus colegas de escola, que entretanto já morreram, pôs a ideia de pé e foi bem aceite pelos ex-meninos de bata branca. “Acredito que sejamos o mais antigo grupo de ex-alunos, em Portugal, a comemorar os anos que passámos na escola primária e a homenagear o professor”, diz o ainda organizador deste encontro.