Almirante Gouveia e Melo embarcou no NRP Corte Real para fim de exercício naval

Almirante Gouveia e Melo embarcou no NRP Corte Real para fim de exercício naval

Almirante Gouveia e Melo embarcou no NRP Corte Real para fim de exercício naval

Cerca de 1500 militares e 18 unidades participantes terminaram, na sexta-feira, operação CONTEX-PHIBEX 23

 

Foi com muito sucesso que terminou na passada sexta-feira o exercício naval CONTEX-PHIBEX 23 a bordo do NRP Corte Real, organizado e orientado pela Marinha Portuguesa. A operação, que estava a ser realizada desde 19 de Junho, chegou a Setúbal e rumou depois ao Cais de Sesimbra, onde deu como terminada a sua jornada.

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No total participaram 1500 militares com 18 meios navais e aéreos – com a participação da Força Naval Portuguesa – onde estavam incluídos equipamentos de Espanha, Itália e da EUROMARFOR. Parte das unidades fizeram o ESPS Castilla (Marinha de Espanha), NRP Corte Real, NRP D. Francisco de Almeida, ESPS Santa Marinha (Marinha de Espanha), ITS Margottini (Marinha de Itália), NRP Sines, NRP Sagitário, Força de Fuzileiros FRI/PRTMARFOR, Destacamento de Acções Especiais, Pelotão de Abordagem, Destacamento de Mergulhadores Sapadores Nº1, e, Destacamento de Mergulhadores Sapadores Nº3.

O exercício “contribui, de forma significativa, para a manutenção dos padrões de prontidão e interoperabilidade das unidades participantes, bem como para a coesão de todas as forças e comandos envolvidos”, como explica o comunicado da Marinha Portuguesa.

No navio embarcou também o Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Henrique Gouveia e Melo, que disse a O SETUBALENSE que este tipo de operações, ajudam a recuperar o “ritmo operacional” do pré-pandemia.

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“Com a pandemia a Marinha esteve confinada, também como as outras instituições do Estado, mas temos de voltar a um ritmo operacional, principalmente porque temos o conflito na Ucrânia, e o Mundo, em termos da sua estabilidade internacional, dá-nos preocupações”.

O Almirante reforçou que este era também um incentivo para o reforço da aliança com a NATO.

“Estes exercícios permitem fazer coisas mais complexas com a força naval, não com os navios unidade a unidade, mas os navios em força em companhia uns dos outros, e incorporando navios de outros países. Em termos das nossas alianças, e nós estamos a trabalhar dentro da Aliança NATO, permite-nos ganhar outra vez capacidades que nós perdemos depois da Guerra Fria. Agora voltamos a voltar às missões simétricas, de combate simétrico, e daí a necessidade também de treinar com uma grande quantidade de unidades, a complexidade que é trabalharmos unidades diferentes países e muitas unidades ao mesmo tempo numa área, é tudo isso nós estamos a treinar aqui”.

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A bordo do NRP Corte Real assistiu-se à demonstração de capacidades de navegar que entre outras coisas fez simulações de ameaça assimétrica (ameaça terrorista através do mar); Boarding e Fast Rope (descida dos militares, por uma corda, desde o helicóptero até ao navio); acção Anti Air Warface (resposta ao ataque aéreo); desembarque anfíbio; exercício de tiro; reabastecimento no mar; e, manobras e evoluções no mar.

PAÍS | Marinha tem falta de jovens

O Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Henrique Gouveia e Melo, explicou o que sente ser “a falta de vocação das camadas mais jovens para um conjunto de profissões, que exigem uma elevada entrega ao Estado”.

Com isto mostra-se preocupado com o futuro da Marinha Portuguesa, que considera ter cada vez menos candidatos interessados. “Os jovens querem mais mobilidade, não querem estar tão presos a um determinado país. Mas muito dessas ideias feitas, também são erradas. As Forças Armadas proporcionam oportunidades que outros sítios lá fora não conseguem proporcionar. Os jovens têm de olhar que podem passar um tempo nas Forças Armadas, mas depois continuar a vida fora delas, mas quando saem, saem muito mais preparados, quer psicologicamente, quer em termos de disciplina, da sua capacidade de dedicação, dos seus treinos e das suas aptidões técnicas também”.

Mas para tudo, também há uma explicação. “A Marinha é um resultado do que o País é em todo o tipo de recursos, recursos financeiros, sejam recursos materiais até aos recursos humanos. Sente-se, neste momento, a falta de vocação das camadas mais jovens para um conjunto de profissões, que exigem uma elevada entrega ao Estado”, refere.

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