27 Julho 2024, Sábado

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50Cuts Associação Cinematográfica abre portas à cultura em Setúbal

50Cuts Associação Cinematográfica abre portas à cultura em Setúbal

50Cuts Associação Cinematográfica abre portas à cultura em Setúbal

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Associação quer chegar a vários públicos com a realização de ciclos de cinema, debates e masterclasses. Município aplaude iniciativas jovens e mostra-se disponível para apoiar projectos em parceria

 

A 50Cuts Associação Cinematográfica, produtora de cinema e associação cultural fundada por uma jovem setubalense, inaugurou no sábado, 4, a respectiva sede na Rua Pereira Cão, com a ambição de vir a tornar-se um pólo cultural de referência em Setúbal.

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A associação, que funciona a partir de agora num edifício de dois andares na baixa da cidade, vai apostar na exibição de clássicos do cinema e de obras independentes, inclusive naquelas que não chegam ao circuito comercial. Há uma “falta de oferta” na cidade e um certo “público que procura este tipo de actividades culturais ligadas ao cinema”, justificou Diana Lima, presidente do organismo.

A ideia é envolver vários públicos através da realização de ciclos de cinema, debates, masterclasses e workshops, tertúlias poéticas e actividades infantis. “Pensamos também levar o cinema para fora de portas, exibindo filmes quer na rua, quer em instituições públicas e privadas que apoiem esta iniciativa”.

No evento esteve presente a responsável da Divisão Cultural da Câmara Municipal de Setúbal, Ana Carvalho, que felicitou o projecto e afirmou “a disponibilidade da autarquia para estabelecer parcerias com a associação”, à semelhança do que já faz com outras instituições culturais.

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A 50Cuts Associação Cinematográfica tem como fim a produção, realização e divulgação de obras na área do audiovisual (sejam curtas, médias ou longas-metragens, vídeos promocionais, institucionais e videoclips) e pretende ser um espaço aberto à participação de novos cineastas e cinéfilos, que são incentivados a “mostrar o seu trabalho e apresentar propostas”.

A associação foi formalmente constituída em 2015 e é composta por um grupo de 12 fundadores, a maioria jovens “que continuam a trabalhar nesta aventura de fazer cinema com fundos reduzidos, e assim vai ter de continuar a ser, enquanto a Cultura for tão esquecida no nosso país”, vincou Diana Lima no discurso de inauguração, perante dezenas de pessoas.

Na nova sala de cinema e concertos da associação foram projectadas as curtas-metragens “A Fêmea” – a qual Diana produziu e realizou em conjunto com Pedro Martins -, “Unbox”, de Guilherme Trindade, “O Cheiro das Velas”, de Adriana Martins da Silva e “Prefiro Não Dizer”, de Pedro Augusto Almeida. Já a animação musical do evento ficou a cargo dos irmãos Tiago Morais e Bruno Moraes, com Cátia Oliveira, que tocaram e interpretaram algumas das músicas mais emblemáticas da sétima arte.

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CINEMA. Diana Lima e Pedro Augusto Almeida, ambos realizadores, foram distinguidos pelo município em 2016

“Quero produzir filmes de terror”

Diana Lima, 29 anos, licenciada em Cinema, Vídeo e Comunicação Multimédia na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, tomou a iniciativa de criar uma associação própria como resposta à falta de oportunidades e precariedade que enfrentou no mercado de trabalho da área cinematográfica.

Ao longo do seu caminho profissional, realizou-se como produtora. “Percebi que é como produtora que me sinto mais à vontade a trabalhar em cinema. Gosto de contribuir para o guião e para a parte criativa dos projectos”, explicou ao DIÁRIO DA REGIÃO.

Trabalhando com uma equipa sempre pronta a responder aos desafios, produziu, entre muitos outros trabalhos, “A Fêmea”, curta-metragem de terror vencedora do concurso YornMicrocurtas em 2016, promovido pelo Cineclube de Terror de Lisboa e pelo MOTELX – Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa. Mais recentemente, foi homenageada pelo município de Setúbal como Jovem Revelação de 2016. “Agora estamos a ter o reconhecimento do trabalho feito”, diz.

Diana Lima “quer muito produzir filmes de terror”, sendo esse um dos géneros de cinema que mais vê desde os 11 anos. Para já, está em marcha a produção de uma curta-metragem “entre o thriller e o terror”.

Fotos: D.R.
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